segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Se a Vida Imitasse a Arte...


Muita gente ao ver novela diz que a arte imita a vida e a vida também imita a arte.

Se vida imitasse a arte, nesse caso, você provavelmente:

Seria uma pessoa linda, sempre na moda, onde todo mundo é seu fã, pede autografo e quer imitar;

Viveria numa linda e confortável mansão no Morumbi ou no Leblon;

Teria um conversível e faria parte de uma família poderosa dona de uma das maiores empresas do país;

Se estivesse estressado, largaria tudo e passaria alguns dias de férias em Paris, Roma ou Nova York;

Teria uma internet super-ultra-hiper-mega rápida;

Só ligaria a TV quando estivesse passando alguma coisa importante e provavelmente veria algum conhecido seu;

Se casaria com alguém lindo e poderoso, tendo certeza de que serão felizes para sempre;

Teria, como parentes, Tarcisio Meira, Regina Duarte, Laura Cardoso, e namoraria com Mariana Ximenes, Juliana Paes, Henri Castelli ou Reinaldo Gianechinni;

Freqüentaria as melhores baladas, restaurantes, motéis e salões da cidade;

Teria sempre uma empregada simpática, atenciosa e melhor amiga à seu dispor para o que der e vier;

Não viveria numa mesma rotina todos os dias, afinal, nenhum capitulo é igual ao outro;

Teria vários vilões que tomariam o seu amor, seu emprego, sua casa, sua fortuna, te deixaria na pior, mas no fim, além de ter tudo de volta, eles não sairiam impunes e provavelmente iriam morrer queimados, com um tiro ou caindo de um penhasco;

A hora sempre voaria;

Teria a sua vida recheada de trilha sonora a todo momento;

Não importa se você é rico ou pobre, no final, todo mundo termina feliz e de bem com a vida;

E o melhor de tudo...

Para fazer tudo isso, você ganharia um salário de 30 mil reais e se fosse convidado, teria sempre a chance de mudar de personagem, cenário e época, como de um pé-rapado da periferia para um ricaço de Monaco, em menos de tres meses.

Definitivamente, a vida não imita a arte...

foto: http://www.oguia.tv/tumb/744497521196.jpg

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

E Tudo Mudou...


E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone.
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha.


"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose,
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal


Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação.


A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis.
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo...
E do "não" não se tem medo.


O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico


Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis, todos anjos Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz... de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.


Luiz Fernando Veríssimo.

Fonte: http://www.ufmg.br/boletim/bol1509/verissimo.jpg

domingo, 16 de setembro de 2007

Plastic Beautiful



Nina estava em seus afazeres da casa. De repente, a campainha tocou:

- Bom dia.

- Bom dia !? – respondeu ela ao olhar para o rapaz com um sorriso no rosto. Um sorriso que dava até medo.

- Meu nome é Cláudio, eu sou o que se pode chamar de um carteiro sem uniforme, mas com crachá.

A mulher observou o crachá no peito do rapaz. Lá estava escrito Long Life.

- O que você quer?

- É muito simples. Eu apenas quero conversar com a senhora.

- Sobre?

- Sobre algo que eu tenho certeza que vai interessar muito a senhora.

Ela já conhecia esse papo. Era um vendedor. Antes que o rapaz abrisse sua bolsa, Nina já tratou de disparar.

- Desculpa moço, mas hoje não. Eu vou sair.

- A senhora vai sair assim, de avental, havaianas amarelo e bobs na cabeça? Aliás, pelo que eu percebi, a senhora se preocupa com a sua beleza, não é?

- Olha moço, eu...

- Pois aqui está a pimenta que vai dar mais gosto à sua carne. – e tirou um pote da bolsa. – Eis aqui o Plastic Beautiful, a última palavra em embelezamento de pele. Com ele, seu rosto ficará lindo e sedoso como a da Deborah Secco ou da Juliana Paes.

- Moço, eu tô com panela no fogo...

- Pense bem, senhora. Veja o mundo à sua volta. As mulheres se cuidam cada vez mais. Com tanta mulher no mercado, é preciso que cada uma faça a sua diferença, e quando se cuida principalmente da pele, já é um grande passo para a conquista dos homens.

- Eu já sou casada. Olha moço, eu não quero ser mal-educada, mas eu preciso ir e...

- Quantas vezes o seu marido reparou na senhora nessa semana?

- O quê? Que pergunta é essa?

- Aposto que não reparou, não é?

- Ora, é claro que ele reparou sim... – respondeu ela, tentando disfarçar a verdadeira resposta.

- Não sei não... pela cara que a senhora fez... Mas é assim mesmo. Agora te pergunto, quantas mulheres por ai a senhora acha que o seu marido reparou só hoje?

Nina arregalou os olhos. Era uma pergunta no mínimo impertinente, mas no fundo, era curiosa. Será que seu marido reparava mais nas outras mulheres do que nela?

- Senti um ponto de interrogação no ar? Uma certa curiosidade em saber a resposta exata? – indagou o vendedor, com aquele sorriso assustadoramente simpático.

- É... Não sei... Mas prefiro não imaginar...

- Vá se saber quantas mulheres bonitas passam pelo seu marido todos os dias, com aquele corpinho impecável... – Nina olhou para os pneus em seu corpo gordinho.- ... com tudo em cima e uma pele impecável, de seda. Duvido que ele não repare. E a senhora sabe, elas gostam...

- Não sei de nada! – respondeu ela, imaginando a cena onde seu marido observava mulheres impecáveis, que em retribuição piscavam para ele enquanto turbinavam seus decotes. – Nem quero imaginar. Se eu pego uma mulher dessa eu juro que..

- Senhora, por favor... – acalmou o rapaz, apoiando seu braço no ombro dela. – Não guarde rancor neste lindo coração, não reaja contra elas, seja uma delas. Compre Plastic Beautiful, siga as instruções, e em pouco mais de uma semana terá sua pele como uma seda, tão impecável que dará vontade não só ao seu marido, mas em todos os homens que verem a senhora por ai, de tocá-la, amaciá-la e acariciá-la... O produto sairá por apenas R$ 27,00. Aceitamos cheques para até 60 dias e a senhora ainda leva um catálogo com todos os nossos produtos conceituados e aprovados pelo ministério da saúde. Aproveite senhora, chame a atenção do seu marido.

- Ai... não sei não...

- Tudo bem, eu entendo. Sabe senhora, eu sou um simples vendedor, confesso, mas não só vendo apenas produtos de beleza, vendo também pequenas dicas para tornar a vida das pessoas mais felizes, mais completas. Assim eu também me sinto mais feliz, afinal, estou fazendo o meu trabalho, e também estou fazendo o melhor para as pessoas. E a senhora merece, afinal, fica todos os dias limpando a casa, cozinhando, lavando roupa e cuidando de sua família. A senhora merece sempre estar bonita, sempre. Eu falo de coração.

- Ai... obrigada. – respondeu ela, comovida com o olhar cativo do rapaz. – Tudo bem então, eu levo. Espera um pouco que eu já volto.

- Pois não senhora. – respondeu o rapaz, ainda mais sorridente.

Minutos depois, já com o dinheiro em mãos e Nina com o produto e devidamente orientada com as instruções de uso, o rapaz agradeceu.

- Senhora, foi um prazer em conhecê-la. Espero não tê-la incomodado muito, mas é aquela coisa, às vezes a vida nos tira alguns minutos do nosso tempo para nos dar décadas de sucesso. Qualquer dia eu passo aí de novo.

- Obrigado a você, imagina. – e trancou a portão, sorridente, com a esperança de que, após usar aquele produto, sua pele ficaria mais macia e seu marido iria gostar muito mais.

Enquanto isso, Cláudio caminhava pela rua, rumo a próxima casa onde iria oferecer o seu produto.

- Hehehehehe... o que é que um pouco de lábia não faz com as pessoas...

E ele mal podia esperar pela sua comissão no final do mês.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Delírio nº4


Quero crescer
Quero ganhar dinheiro
Ser conhecido
Amar
Ficar com ela
Mudar de emprego
Subir de cargo
Meter-lhe a mão na cara
Subir nas paredes
Nos postes
Nas lajes
Nos prédios

E pular...

Saltar no mar das oportunidades
Banhar-me com as águas sucesso
Sorrir para todos os lados
Falar o que bem entendo
Para quem quer ouvir
Para quem não quer ouvir
Para quem não pode ouvir
Para quem merece ouvir

Uma palavra de consolo
Ou palavras que doam como um tapa na cara
Mostrar quem é inútil
Mostrar quem merece compreensão
Mas eu tenho medo

Medo
Medo
Medo
Medo
Medo

As trevas do nosso medo fazem pipoca com nosso sangue, desestruturando os nossos neurônios, perfurando a nossa carne até nosso sangue jorrar em nossos olhos, nos cegando, nos corroendo.

Abra a torneira

Deixe a água pura da adrenalina, da força de vontade, enxaguar os seus cabelos, percorrendo pelo seu peito e chegando até seus pés.

AAAAAAHHHHHHHAAAAHHHHAAAAAHHHHAAAAAHHHHHAAAHHHHH...

Deixe o medo com medo
mostrando aquilo que deve ser feito
abrindo as cortinas da janela do seu ser
mostrando a ele o sol
que com seu dedo pintado de vermelho
o chama para conhecer o mundo
para meter a cara
e meter a mão na massa.

A massa é boa, deseja provar?

Se não gostar, porque você ainda não está com fome

Subnutrido...

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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Vinte e Dois


Já era para ter publicado esse texto há mais tempo, porém por falta do "mais tempo" só pude fazê-lo hoje.

Confesso que perdi o jeito para escrever sobre mim mesmo. É como fuçar numa estante com livros empoeirados, tentando relembrar o que estava escrito em cada um deles, tudo para concluir um trabalho que estou fazendo agora.

Pois é, nessa quarta-feira eu assoprei mais uma vela.

Foi um dia bacana. Assim que acordei já recebi parabéns e presentes de familiares.

No trabalho também foi legal. Várias pessoas que ás vezes mal tenho contato me cumprimentaram, e após o expediente eu fui comemorar com uma galera numa lanchonete na Vila Nova Conceição. Foi lá que, tive a “honra” de receber presentes como um CD com músicas até do Beto Barbosa (nem queira imaginar, na hora, como fiquei ao ouvir aquele "Adocica meu amor, adocica..."), uma revista dos Backstreet Boy(ola)s , um Baby Doll preto e muitas balas 7 Bello. E finalmente, ganhei uma garrafa de vinho e uma camiseta da Janis Joplin.

É claro, tirando os três últimos presentes citados que eu adorei, o resto foi mero detalhe, um detalhe que eu saberei retribuir muito bem às pessoas que me presentearam, até porque o aniversário de uma delas também está chegando... aguarde os próximos capítulos...

Mas, voltando ao assunto, nesse aniversário em especial, senti algo que tenho que transcrever para cá. Era um sensação boa, de paz interior, de calma.

Na verdade, estava mesmo era me sentindo um vitorioso. Vitorioso do conflito interno de que todos nós, em menor ou maior intensidade, já fomos vítimas um dia.

Na infância, eu era um garoto muito tímido e cheio de complexos. Não gostava de festa, saia pouco de casa, tinha poucos amigos. Na adolescência, esses elementos se confrontaram com aquele desejo de amadurecer depressa, de quebrar regras, de quebrar as minhas próprias regras. E foi esse conflito que perdurou na minha cabeça por um bom tempo, me levando inclusive a descarregar no papel. Foi assim que peguei gosto pela arte de escrever.

É claro que eu tinha os meus momentos de fama entre a molecada da escola, meus momentos de palhaço e tudo, mas por quanto tempo eu me recusei a me aceitar do que jeito que era, e quantas vezes eu quis ter amigos de verdade, pessoas perfeitas como naqueles filmes americanos infanto-juvenil anos 80 que a gente via (se ainda não passa na Sessão da Tarde), e sempre se queixando de que eu nunca poderia confiar em ninguém, nem nas pessoas a minha volta, nem na minha família e nem em mim mesmo.

As coisas começaram a mudar quando eu percebi o quanto era melhor que muita gente por ai, que rouba, mata, trai, entre outras perversidades.

Entendi que todo mundo, pelo menos um dia, já teve os seus momentos de Cristo, independente da idade e que era uma coisa normal.

Percebi que família é a coisa mais importante na nossa vida, e que não é para sempre.

Aprendi que existem pessoas e pessoas, e que ninguém é perfeito o suficiente para exigir que eu o seja e vice-versa.

Entendi que todos nós devemos ter o direito de errar, o dever de aprender, e a qualidade de se perdoar.

Concluí que herói é aquele que consegue sair ileso de uma guerra consigo mesmo, sabendo perdoar seus erros e aprendendo com eles.

Percebi também, que às vezes, o melhor é esquecermos de lamentar os nossos erros, guardar os nossos problemas no porão junto com outras coisas inuteis, sentar na grama, fehcar os olhos, e ficar contemplando o sol que bate no rosto, nada mais.

Percebi também que idade não é nada, há pessoas com mais de 50 anos, com alto grau de estudo, que ainda tem muito o que amadurecer.
Percebi que não temos a obrigação de agradar a todo mundo, e que respeito e confiança não se espera, se conquista.

Percebi que fazer o melhor para os outros (que realmente precisam) é fazer o melhor para si mesmo.

Percebi também o quanto a mágoa e o rancor pode destruir, principalmente quando é de nós para nós mesmos, e é por isso que temos que pelo menos tentar perdoar e se perdoar, porque no fim é a sua própria saúde que acaba sendo prejudicada, podendo até te privar de viver momentos que nunca mais voltarão.

E percebi principalmente, que a vida não é uma lição a ser concluída, e sim, uma aula cotidiana.

Hoje, com 22 anos completados (andei mentindo por aí que faria 18, mas isso não vem ao caso...), encerro esta texto com um pensamento que escrevi quando completei 15 anos, e que encontrei perdido entre páginas amareladas da minha agenda da 8º série:

“É engraçado, quando a gente faz aniversário, uma certa idade, sempre imaginamos que tudo vai mudar de uma hora para outra. Só depende de nós, e da nossa maturidade, para dizer se realmente irá mudar alguma coisa.”

O tempo, senhor da razão...

sábado, 1 de setembro de 2007

Delírio nº 3


Hora de escrever
Criar
Expor para o mundo o que há dentro do seu mundo
Mostrar os castelos, as paisagens e os lixões que você construiu
Sente-se no divã das oportunidades

Silêncio
Caneta na mão
Mão no teclado
Olhos na tela
Olhos no papel
Olhos no coração

E, principalmente, olhos na cabeça...

O que criar?
O que escrever?
Sobre o que escrever?

Fdshfghdfghghfd[pense]dfffdhfhvfdhvbhfd[pense]cdjndjvnjdvbjdsv[tente pensar] fjhdjfgj
Vjfhjfdhf[tente ouvir]jfbbhfhfdnjbcsdpe[tente falar]njcdsbhfdbhvdh[tente sentir]kjdfjdjv
Fvndfhvfd[grite]dfjvbfdbvhdfbh[se deixe pensar]dnfdhsfdhsfjd[se deixe respirar]vfjvjfbv
Fdjfgfd[deixa]nfjvbfdbvhfdbfvd[deixa]jbdsvbfhdbvhfhvfdc[deixa]njfdnvjfbdjv[deixa]jndf
Fhfhfdhgf[por favor]jbhdsbhdbf[não consigo me concentrar]hjhijjkkjk[não vem nada]fhj
Fdhgfhdh[não aparece nada]jkjfgfgfgfgfgfgfgfghdfghd[não sai nada]kjfjkjdfds[eu quero pensar]njdnjdnjvnfdsfdfdf[eu preciso pensar]jdjfdnvjf[eu quero escrever]fjkdfdjfgkmfkd cjvn[por favor]jgdjkghdsbehsfgh[pare]jvjflnfdffgfdfhdghjhhkjk[pahre]nchdbhfdsh[hparekj]jfhdbfhdb[fhgpagfrehghf]hnbdhbhddjbjnfjhfjdhffjdhfjdhfd[hjgjpjhahjrehhj]
gjfdjgkfdjgkfjkgjfkgjfgfhskdfstgreajfcghrebfjesdhfyrejthfeuidtbuwerayfgyuearvfdgkfjkgj

O que fazer nessas horas?
O ônibus de viagem não veio hoje?

Paciência. As reticiências descontroladas das lâmpadas apagadas não o querem deixar em paz.
Não dá mais tempo. Hora de ir dormir.
Boa noite.

DROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOGA!!!!!!!!!!!!!!!!!

ZzZzZzZz...ZzZzZzZzZ...zZzZzZzZzZzZ...zZzZzZzZzZzZz...ZzZzZzZzZzZ

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