tag:blogger.com,1999:blog-85180665752769714232024-02-07T04:40:12.001-03:00Em Linhas...Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divãDanilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/03903401867790092895noreply@blogger.comBlogger93125tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-3711039717322700642008-09-10T11:40:00.018-03:002008-09-10T12:15:51.022-03:00Toda Linha Tem o Seu Fim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo6E3KAIdFB5JCA9seCzdZpNAdopTJLEmzg4o017RnJhJFk5nvZdmtxlH4vV9Nv3Q54lzbMvLLCLIH1wRSGoBZe192gi9kMUw5Y89jNYChCEMmS7ECiVf9XMgkUAsbJxDrQu3Mdjz2byE/s1600-h/Image1.jpg%20SOLITARIO[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244406935983954290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo6E3KAIdFB5JCA9seCzdZpNAdopTJLEmzg4o017RnJhJFk5nvZdmtxlH4vV9Nv3Q54lzbMvLLCLIH1wRSGoBZe192gi9kMUw5Y89jNYChCEMmS7ECiVf9XMgkUAsbJxDrQu3Mdjz2byE/s320/Image1.jpg%2520SOLITARIO%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> <div><div align="justify"><em>Na hora de se criar uma história, acredito que as partes mais complicadas sejam o começo e o </em><em>fim.<br /></div></em><br /><div align="justify"><em>São complicadas porque são, de certa forma, as partes mais importantes de um texto. Um começo tem que ser atrativo, tem que conter elementos que além de convidar o leitor a embarcar naquelas linhas, cria-se a partir daí uma base que irá se desenvolver conforme o desenrolar da história.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>O final é o mais difícil, porque é a resolução e principalmente a conclusão de toda aquela estrutura que você criou. E precisa ser um ótimo final, um final digno de toda a história criada. Um final que sintetize tudo que se viveu lá, o que se viu, o que se aprendeu, e que termine com uma conclusão. Pode ser esteticamente bonita, tecnicamente útil, e/ou emocionalmente compensador.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Mas, e quando na vida real nós damos um começo a um desejo, mas este mesmo desejo acaba sofrendo desgastes perdendo-se dentro de si mesmo, fazendo com que o prazer de se executá-lo acabe virando uma obrigação, e no fim das contas, nos vemos obrigados a dar um final para ele?<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Há algum tempo, há cerca de três semanas, já andava pensando sobre isso. Já não era mais a mesma coisa. Não era mais a cara do meu atual desejo. Não era mais prazeroso. Não era mais</em> <strong>eu</strong><em>.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E decidi: vou por um ponto final nessa história. Vou me retirar. Vou buscar novos caminhos. Vou voltar para o meu mundo.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E por isso, agora anuncio: este autor está com as malas prontas para uma viagem rumo a uma ilha deserta. E com a chave na mão para fechar esta casa.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Esta casa, que foi construída minuciosamente por dias a fio, cujas paredes pretas foram testemunhas de várias criticas, vários delírios, várias sessões nostalgia, casos, tempestades, pensamentos, reflexões, fortes comentários, comentários inúteis, comentários polêmicos, grandes parceiros e grandes desabafos.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Queria dizer muita coisa, agradecer a todos que colaboraram neste espaço, como a </em><strong><span style="color:#33cc00;">Pequena Gi</span></strong><em>, o </em><strong><span style="color:#33cc00;">Amnésico</span></strong><em>, o </em><span style="color:#33cc00;"><strong>Diego</strong></span><em>, a </em><strong><span style="color:#33cc00;">Mila</span></strong><em>, o</em><span style="color:#33cc00;"><strong> Wander</strong></span><em>, e a todos aqueles que divulgaram o link do blog, aos que me premiaram com seus selos, ou que simplesmente apareceram por aqui ora assiduamente ora entre longos espaços de tempo para opinar de forma inteligente os assuntos postados.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E a você,</em> <strong><span style="color:#33cc00;">R Lima</span></strong><em>, o primeiro a me incentivar desde a 1º postagem, e a minha maior base para que eu chegasse até aqui, obrigado por tudo, e pode ter certeza que eu continuarei a prestigiar o seu Avesso, que me faz tão bem. Aos outros parceiros também continuarei freqüentando, pois cada um tem o seu estilo e a cada postagem nova, um assunto mais interessante.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E a todos os leitores, também um muito obrigado por parar alguns de seus minutos para ler este espaço aqui.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E é isso, a partir de agora, o</em> <span style="color:#33cc00;"><strong>“Em Linhas...”</strong></span> <em>se despede da blogosfera. </em><em>É claro que ele não morrerá, continuará aqui, intacto, do jeito que estou deixando ao sair dele. Quem sabe, num dia em que meu coração pedir, eu volto para esta casa, mais maduro, com mais histórias para contar...<br /><br /></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>Mas ai, será o inicio de novas linhas. À estas, como são atualmente, encerro hoje com um ponto final.<br /></div></em><br /><div align="justify"><em>Porque no fim das contas, toda linha que começa, independente do seu tamanho, independente do seu impacto e da sua profundidade, sempre terá o seu fim.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Mas, como detesto pontos finais, prefiro encerrar com reticências...<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Então, a você, a todos que leram estas linhas, um muito obrigado. </em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em><br /></div><div align="justify"><em>E até uma próxima estação...</em></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.webalice.it/daniele.labieni/Image1.jpg%20SOLITARIO.jpg</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-64727662848444615752008-09-08T11:14:00.005-03:002008-09-08T11:30:19.846-03:00Vinte e Três<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwk-KOo_tkDtCAzyrKlz0vuOWLHW-fbruMkK4zqGP3SgubmjdJ2NeGIm3u28x_EjqLjwjEP_DRwZSZtuBsNCdhGcu5rujYwn617xSi9yPitw-p5XYapuOGvYtj50pC0ajJEz6zHax1e5M/s1600-h/caminhando.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5243656908530605442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwk-KOo_tkDtCAzyrKlz0vuOWLHW-fbruMkK4zqGP3SgubmjdJ2NeGIm3u28x_EjqLjwjEP_DRwZSZtuBsNCdhGcu5rujYwn617xSi9yPitw-p5XYapuOGvYtj50pC0ajJEz6zHax1e5M/s320/caminhando.bmp" border="0" /></a><br /><div align="justify">Sexta-feira, cinco de setembro, mais uma casa alcançada.<br /><br />Agora, são 23.<br /><br />Dia de comemorar essa data tão especial, de reunir os amigos, de ser zoado por eles, de ganhar presentes, de receber abraços e outros gestos de carinho que, às vezes, vem até de pessoas que a gente não espera.<br /><br />Fiz como manda o figurino do dia. Pela primeira vez, comemorei meu aniversário num rodízio de pizza, com vários amigos. Foi legal em alguns pontos, péssimo devido a algumas coisas, mas de forma geral, valeu a pena guardar de recordação.<br /><br />Recordação...<br /><br />Óbvio que não tem como ficar mais reflexivo nesses dias. Fazer um balanço do que me tornei, do que vivi de um ano para cá, do que aprendi.<br /><br />Percebi como o tempo passou, e continua passando. Amigos meus da escola já são casados, possuem filhos, estão se formando da faculdade, foram para o exterior construir a vida, e eu ainda continuo apenas trabalhando, batalhando uma bolsa na minha faculdade de jornalismo. Sim, me senti estagnado.<br /><br />Diferente do que escrevi na <a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/09/vinte-e-dois_07.html"><span style="color:#33ccff;">postagem</span></a> do ano passado, onde me dizia sentir um vitorioso do conflito comigo mesmo, percebi que não foi bem assim. Ainda há muitos resquícios do que vivi no passado, e que muitas vezes ainda me atormentam. Passei também a dar por falta de alguma coisa minha que perdi lá atrás. É engraçado isso, porque não ainda não sei exatamente o que é, mas eu sinto que perdi, e faz falta.<br /><br />Aprendi a saber expor mais os meus sentimentos para pessoas que realmente valem a pena, e a me deixar ajudar por elas. Também aprendi o quanto o veneno do mundo pode transformar os sonhos e a motivação de uma pessoa mesmo sem ela perceber e tentando se defender, e só tendo mesmo muita força de vontade é que se chegará algum ponto sem dar tropeçadas fatais.<br /><br />Também aprendi que por trás de uma pessoa, há sempre um coração.<br /><br />E principalmente, aprendi que nessa vida eu tenho muito o que aprender.<br /><br />E por fim, encerro esta crônica, agradecendo à Deus e às pessoas pelo carinho, pelos aprendizados, pelos momentos inesquecíveis, pelas broncas que precisei, pela força que me deram quando eu realmente achei que iria cair, e por todas os amigos e pessoas especiais que conheci, inclusive, aqui na blogosfera.<br /><br />Realmente, a cada ano que passa, eu percebo o quanto isso tudo é valioso,<br />porque é o que realmente fica.<br /><br />Esta data também marca um momento de mudanças e de decisões importantes para mim (que aliás, uma delas, será escrita na próxima postagem de quarta-feira, dia 10). Mas, no fim das contas, depois dessas reflexões, apenas ponho os sapatos, volto a caminhar pela estrada da vida rumo àquilo tudo que eu desejo.<br /></div><br /><div align="justify">Uma estrada que à principio parece me fazer mais sombrio, mas no fundo, apenas me ensina que a verdadeira luz está dentro de mim. </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Somente de mim.<br /><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO:http://lh4.ggpht.com/magal.lucas/R_RF4a9eWoI/AAAAAAAAAHo/pdJPvIEDgqs/rumo%5B1%5D.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-87904656561310367872008-09-01T11:23:00.005-03:002008-09-01T11:29:24.343-03:00Sessão Nostalgia 4 - Sai de Baixo<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35twrYgqiOx0QW9FkW3bUt2knJwB-3Fa-olJvhLXSftfHP0jVBT0lTzEn4ZcrrNk0ALHM19yhJ_gpxoV-6jIpjoHTlGPEwRI6-nYbaEi2g7afOKHdNKC4ESkV6vJcuwYC9fF4v9P0c2I/s1600-h/SaideBaixo[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5241057091693231106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35twrYgqiOx0QW9FkW3bUt2knJwB-3Fa-olJvhLXSftfHP0jVBT0lTzEn4ZcrrNk0ALHM19yhJ_gpxoV-6jIpjoHTlGPEwRI6-nYbaEi2g7afOKHdNKC4ESkV6vJcuwYC9fF4v9P0c2I/s320/SaideBaixo%5B1%5D.jpg" border="0" />
<br /></a>1996, domingo á noite. Bastava esperar acabar o Fantástico, para começar aquela abertura em desenho de um prédio e vários moradores fazendo as maiores maluquices e confusoes. O prédio ficava no Largo do Arouche, centro de São Paulo.
<br />
<br /><p align="justify">Num dos apartamentos, morava uma familia composta inicialmente por Vavá (Luis Gustavo), a irmã Cassandra (Aracy Balabanian), a sua sobrinha "inteligente" Magda (Marisa Orth), o marido dela - o esnobe Caco Antibes (Miguel Falabella), o inesquecível porteiro Ribamar (Tom Cavalcante) e a primeira e mais querida empregada do seriado, Edileusa (Claudia Gimenez). </p><p align="justify">Dirigida por Daniel Filho e outros brilhantes diretores da atualidade, a série foi exibida na Globo de 1996 à 2002, e também contou com a participação de vários artistas. Foi uma série que deixou saudades. </p><p align="justify">Se voce quiser saber mais sobre a série, e outras curiosidades sobre a sua produção, clique no link abaixo: </p><p align="center"><a href="http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-257961,00.html">http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-257961,00.html</a>
<br /></p><p align="justify">Com você, já que estamos em ano de eleições, ironia do destino ou não, encontrei esse <strong>pequeno</strong> vídeo no youtube, um debate "político" entre o candidato Caco Antibes, e sua concorrente, Edileusa.
<br /></p><p align="justify">Divirta-se.</p><p></param><param value="true" name="allowFullScreen"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8LNrDgr36ps&hl=" width="425" height="344" type="application/x-shockwave-flash" fs="1" allowfullscreen="true"></embed></object> </p>
<br /><p></p>
<br /><p><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.fabber.blogger.com.br/SaideBaixo.jpg</span></p></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-57995720455128033952008-08-24T12:40:00.029-03:002008-08-25T23:02:33.841-03:00O Hábito Faz o Monge<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSBMiUCqEb5W-5OzBmIZvVQADMH-9qluXgi0Cax9pUiG7tXhRfB243b8uTUkRuUeRpDpod4uxzcFDRzs-ilSCJdhmmTtOSKfFNEp0yW4FXB3pcLT5PtkJs6xJxcWE73JNCC3z7d-YFoiI/s1600-h/17-08-08_1845+-+clareada2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238123208898757202" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSBMiUCqEb5W-5OzBmIZvVQADMH-9qluXgi0Cax9pUiG7tXhRfB243b8uTUkRuUeRpDpod4uxzcFDRzs-ilSCJdhmmTtOSKfFNEp0yW4FXB3pcLT5PtkJs6xJxcWE73JNCC3z7d-YFoiI/s320/17-08-08_1845+-+clareada2.JPG" border="0" /></a> <div><div><div align="justify">No dia 24 de agosto foi o último dia da 20º Bienal Internacional do Livro de São Paulo no Pavilhão de Exposições do Anhembi, zona norte da capital. Num espaço de 70 mil m2, foram expostos no total mais de 2 milhões de livros, 4 mil só de lançamentos, promovidos por 350 expositores e 900 selos, para cerca de 800 mil visitantes.<br /></div><br /><div align="justify">Fiquei sabendo dela por acaso. Como toda vez, só nos últimos dias é que realmente se divulga, geralmente em jornais da TV. Dessa vez, tive sorte de estar na net, e ver a notícia antecipado, através de um site.<br /></div><br /><div align="justify">Resolvi ir naquele mesmo domingo dia 17. Saí tarde de casa, “almocei” nos McDonalds da vida, e fui para o Metrô Tietê, de onde sairia um ônibus gratuito até o Anhembi. Depois de rodar muito achei o dito cujo, e junto com uma fila imensa, cheguei lá por volta das três da tarde (pra quem mora na zona sul, é longe pra burro!).<br /></div><br /><div align="justify">Ah, estava em casa! Comecei a folhear o guia que uma das simpáticas funcionárias me forneceram (é sério, nunca vi tanto funcionário sorridente junto, acho que nem promotor de cartão de crédito conseguiria ser “tão feliz”).<br /></div><br /><div align="justify">Mais alguns es<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCG8WY3dlHZUtnQ2KEajkPPJCm6uXZdxSTAnbhEBQBkh-wLQdqDkNy3qEVbNOyH1AnNjJVlD47Kyxj6FlcxVNACbyFyXc0XyQYaFEwa9yLc2Wu0JK20b_TwOUZBNlryd2oTqDF8HasKJg/s1600-h/17-08-08_1622+-+clareada.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238111250925656018" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCG8WY3dlHZUtnQ2KEajkPPJCm6uXZdxSTAnbhEBQBkh-wLQdqDkNy3qEVbNOyH1AnNjJVlD47Kyxj6FlcxVNACbyFyXc0XyQYaFEwa9yLc2Wu0JK20b_TwOUZBNlryd2oTqDF8HasKJg/s200/17-08-08_1622+-+clareada.JPG" border="0" /></a>tandes à frente e vejo uma aglomeração. Era de gente, de celulares e de câmeras digitais. Me enfiei no meio dessa muvuca para ver o que era. No estande da Melhoramentos, estava nada mais nada menos que Ziraldo, grande escritor e cartunista, criador do Menino Maluquinho, dando autógrafos, obvio, a quem comprou o seu lançamento “O Namorado da Fada”. O simpático senhor (a quem já confundi várias vezes com Rolando Boldrin), ora falava com seus fãs (ás vezes, não sei por que, ele fechava a cara, e ficava tão sério que até me dava medo), ora acenava para os fotógrafos anônimos de plantão. E eu, sem perda de tempo, peguei o meu celular, e dali em diante, como todo mundo, me tornei um <em>paparazo</em>, que se matara no meio daquela multidão de todas as idades, sexo e cores e suas câmeras, de celulares com câmera VGA a câmeras ultra profissionais com mega definição. Todo mundo lá, alguns talvez nem sabendo muito sobre ele, mas ali, frente a frente com o cara e querendo registrar o momento.<br /></div><br /><div align="justify">Depois, continuei andando pelos estandes. Em alguns cantos, um espaço com bancos, chamado Ponto de Encontro. Haviam vários idosos neles, com ar de “sou aposentado e agora só to curtindo a vida”, e tinha muita coisa para criança também, entre elas, uma apresentação do Julio do Cocoricó (Tv Cultura), e outros bonecos de desenhos que o meu sobrinho de 5 anos saberia explicar melhor do que eu, um grupo teatral contando de maneira bem humorada a situação atual do mercado editorial brasileiro e seus problemas. Havia também um outro grupo cantando musicas folclóricas, salas com escritores contando histórias para crianças – e de gaiato – para alguns marmanjos, como eu...<br /></div><br /><div align="justify">Daí fui direto as compras. Comprei um kit de atividades para o meu sobrinho, alguns livrinhos de reflexões para dar de presente a alguns amigos (apenas 1,00!), um gibi da Mônica (se não me engano o 70º da minha coleção, iniciada em 1994 – apesar de estar a mais de dois anos sem comprar), e dois livros do meu escritor preferido atualmente, Luis Fernando Veríssimo: “Mais Comédias para se Ler na Escola”, e “O Mundo É Bárbaro e o que nós temos a ver com isso”, cada um com um generoso desconto de R$ 7,00.<br /></div><br /><div align="justify">E mais tarde, depois de tirar mais algumas fotos e de olhar mais editoras, vi mais uma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY0wtNzVaHv6cyVX8AupJBPJYFrFLtPc4nz2-KLYK_0mufkWN6oZcachgvBRZuf_6Bdsj4CfYpVDSZzgUEEbj8McRoVBe6fsjA_VXOyiauYi9QezTgehqxo53kfvnA0uRehIuUl0sCUgI/s1600-h/17-08-08_1823.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238112646427612978" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY0wtNzVaHv6cyVX8AupJBPJYFrFLtPc4nz2-KLYK_0mufkWN6oZcachgvBRZuf_6Bdsj4CfYpVDSZzgUEEbj8McRoVBe6fsjA_VXOyiauYi9QezTgehqxo53kfvnA0uRehIuUl0sCUgI/s200/17-08-08_1823.jpg" border="0" /></a> vez uma muvuca de pessoas e câmeras no estande da editora Panini. Corri para ver. Não acreditei. Era um dos meus ídolos na infância, e que sempre quis conhecer desde que vim pela primeira vez à bienal, em 2002. Era Mauricio de Sousa, autografando seu novo lançamento, o “Turma da Mônica Jovem”, dentro de uma cabine com dois seguranças na porta para conter a afobação das p<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmUG-cuiIy-xB-YUNq8qSU0rrTe7SSHiE4NmXM58ncLHxRgeby5c-ikwiCGHcSjySsvCVr7ocjskzm2D1eO5lH2uHEV1Tm9SqYNcCDsQguoRgiD1DU8CLN36bJb4hcPXtCKib_7H15_og/s1600-h/17-08-08_1823.jpg"></a>essoas, e lá dentro, o autor numa mesa conversando com algumas crianças que estavam lá, alguns irritantes repórteres, que pareciam de propósito tampar com o corpo a visão de quem estava lá fora para tirar fotos e mais fotos, que não acabavam nunca. Mas não teve problema, onde consegui enxergar, registrei.<br /></div><br /><div align="justify">E por fim, depois de olhar no relógio e ver que já era quase sete da noite, resolvi ir embora, voltando a pegar outra fila imensa para embarcar no confortável ônibus até o Tietê.<br /></div><br /><div align="justify">Na sexta dia 22, apenas para acompanhar uma amiga, fui de novo para lá, só que de manha por causa do meu trabalho. Estava bacana assim como no domingo, a diferença é que nesse dia estava um mundaréu de crianças e suas “tias” da escola, pintando e bordando em tudo que viam pela frente. Mas foi legal também.<br /></div><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU1Jemv3mFZv_LXfj_0jQyIL0ydiabNBI-6fNa1tNXbssn-WILecn2vFI7B0X3EyRa3_HKl-OPirWMo2KcS2-oGARpJROfVv61vqM5xIaMvhLKhIUjTnnuLpyu8BEnu4nxj5s2jU07RwQ/s1600-h/17-08-08_1718+-+clareada.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238115376710553970" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU1Jemv3mFZv_LXfj_0jQyIL0ydiabNBI-6fNa1tNXbssn-WILecn2vFI7B0X3EyRa3_HKl-OPirWMo2KcS2-oGARpJROfVv61vqM5xIaMvhLKhIUjTnnuLpyu8BEnu4nxj5s2jU07RwQ/s200/17-08-08_1718+-+clareada.JPG" border="0" /></a>O engraçado é que, nessa história toda, eu fico pensando como um meio pode influenciar os nossos hábitos. Há pelo menos um ano eu não pegava um livro para conseguir lê-lo até o final, e bastou novament<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsQ8wJh0yn6nwPnKrQTd1KA_qpIIkIM2xbrY9nX1TPGvvdm6yt4dSctXywJiDeAnzZPb7BYR7ys8gMkHaqVzNxMwQ5CvKueFHmMo0i7Xj5C_z9yHZ5YX86Az8oVkzhp8uArjdscXh3oQQ/s1600-h/17-08-08_1827+-+clareada.JPG"></a>e ir na Bienal, encher um pouco a sacola, para voltar a ter o hábito saudável da leitura, e conseguir ler um dos livros em apenas 4 dias.<br /></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Bem, é isso, apenas queria registrar esses dias que fui lá, e que foram muito bacanas, e diferentes, porque das outras vezes apenas tinha ido comprar livros. Nesse ano, voltei para casa com um bom registro de autores que gosto e que nunca tinha visto pessoalmente, e com mais uma vez a certeza de que como vale a pena deixar o seu domingo de folga para descansar em casa do stress da semana, se dedicando a atividades que realmente valem a pena, e que precisam ser mais incentivadas no Brasil. </div><div></div><br /><div>FOTOS: Danilo Moreira</div></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-84173862643629769822008-08-19T11:25:00.009-03:002008-08-19T11:49:50.305-03:00Brasil, Mostra a Tua Cara<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgslz1LGdWWTEDTpBBW2uyh59tE38ZeuWcfVpZleMGe8ilWyNevTzhrgGBKJcSIDLr4gyKitmo_KD_ErYI-vT2R8jBiLYltw8ieKJkVD4ydWNngLu3qqMePdNXkYNb_06BgHD9tnnLjZj0/s1600-h/turistas[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236237859790336194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgslz1LGdWWTEDTpBBW2uyh59tE38ZeuWcfVpZleMGe8ilWyNevTzhrgGBKJcSIDLr4gyKitmo_KD_ErYI-vT2R8jBiLYltw8ieKJkVD4ydWNngLu3qqMePdNXkYNb_06BgHD9tnnLjZj0/s320/turistas%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><div align="center"><em><span style="color:#33ccff;">Cena do filme "Turistas"</span></em></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">No dia 06 de agosto passara na Tv Record o polêmico e criticado filme <em>“Turistas”</em>, do diretor John Stockwell. O filme conta a história de um grupo de mochileiros norte-americanos que vêm passar as férias no Brasil, porém no meio do caminho sofrem um acidente, indo parar numa praia paradisíaca. Daí por diante, encontram de tudo: mato, paisagens paradisíacas, miséria, samba, caipirinha, drogas, mulheres prostitutas, bandidos e tráfico de órgãos. Não é de se estranhar a pesada critica da imprensa americana sobre esse filme cheio de estereótipos, e do protesto que surgiu na época (2006) para boicotar esse filme no Brasil.<br /></div><br /><div align="justify">Não é a primeira vez que figuras estereotipadas do país caem na polêmica pelo mundo. Em 2002, um episodio de “Os Simpsons” onde a família veio passar as férias no Rio fez o então presidente FHC exigir desculpas por parte dos produtores, já que retrataram o Rio de Janeiro como uma cidade selvagem, cheio de macacos, cobras, prostitutas, bissexuais e bandidos nas ruas, e tendo a Amazônia como vizinha!<br /></div><br /><div align="justify">Há também outros filmes como <em>“Feitiço no Rio”</em>, de 1984, <em>“Amazônia em Chamas”</em>, de 1994, e outros, geralmente ou de ação ou terror, que também utilizam esses clichês de um “país tropical onde tudo pode”. Felizmente são filmes que mais causam polemica do que propriamente o sucesso.<br /></div><br /><div align="justify">Porém, apesar de todos serem pura ficção, nós sabemos dos reflexos que isso representa depois.<br /></div><br /><div align="justify">Após terminar o filme, passou aquele programa <em>“Fala Que Eu Te Escuto”</em>, mostrando as humilhações, o descaso e o preconceito com que os brasileiros são tratados lá fora simplesmente por serem brasileiros. Turistas nos conformes da lei do país de destino, principalmente a Espanha, de repente, são confinados numa sala por horas, sem comida nem bebida, e sem qualquer explicação são deportados de volta e relatando casos de humilhação e desrespeito por parte da segurança dos aeroportos de lá.<br /></div><br /><div align="justify">Diante disso tudo e desses filmes, percebe-se claramente a imagem negativa que temos lá fora. Na caso das deportações, os paises europeus e os EUA podem utilizar o argumento de combate a imigração ilegal e ao terrorismo, o que até se entende, mas como explica então, segundo o próprio <em>“Fala”</em>, o número de brasileiros deportados até o primeiro semestre de 2008 ter sido superior a estrangeiros de países islâmicos que concentram grupos terroristas?<br /></div><br /><div align="justify">É claro, não sou inocente a ponto de dizer que no Brasil não tenha miséria, violência, prostituição, drogas, comércio ilegal de órgãos e outros podres que os noticiários daqui não cansam de escancarar, não só por aqui, mas principalmente no exterior. O problema é que se cria uma imagem de que no Brasil <span style="color:#33cc00;"><strong>tenha somente isso</strong></span>, e não que temos cidades com qualidade de vida comparado a cidades de Primeiro Mundo, que a maioria do povo é honesto e trabalhador e que somos um país de múltiplas culturas. </div><div align="justify"><br />É claro que, sem sombra de dúvida, nós deveríamos nos envergonhar por deixar nossos problemas além de não serem resolvidos, serem escancarados dessa forma a ponto de se tornar nosso cartão de visita perante os olhos de muitos estrangeiros, e pior, dizer como eu já ouvi: “Ah, mas é verdade, só tem isso mesmo”. Isso é uma forma de conformismo, e que pode ter certeza, contribui para essa situação piorar ainda mais, prejudicando a nossa imagem lá fora, e também o turismo por aqui.<br /><br /></div><div align="justify">Nesse caso, o Brasil precisa mesmo mostrar mais a sua cara, ou pelo menos, que ela não é tão feia assim.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.cranik.com/images/turistas.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com27tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-5899222121856901362008-08-04T21:09:00.014-03:002008-12-12T23:36:22.818-02:00Delírio - Um Barulho...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIKSrEwutNr3Sf6BTVY5uIMcF9OvVJwA79UKO4UqAuuqMlpBYFLf1Jrm6t3BPbJAP0orSTM7fe514pH6Xka3Tae7D4Luh_xsTZe9i8BfMkIVkqls-UJTTR8A_DAJDAR5ChU7H0DwB5bKE/s1600-h/baianola6[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231027351814222242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIKSrEwutNr3Sf6BTVY5uIMcF9OvVJwA79UKO4UqAuuqMlpBYFLf1Jrm6t3BPbJAP0orSTM7fe514pH6Xka3Tae7D4Luh_xsTZe9i8BfMkIVkqls-UJTTR8A_DAJDAR5ChU7H0DwB5bKE/s320/baianola6%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">Tenho uma linha reta cotidiana a seguir<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Tenho uma vida reta cotidiana a seguir<br /><br /><span style="color:#ffcccc;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em> </span><br /><br />Tenho um trabalho cotidiano para cumprir<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Tenho sonhos cotidianos a perseguir<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Tenho que acordar cedo<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Tenho que lavar o rosto<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Tenho que tomar café<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Fui tomar e liguei a TV<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></em><br />Fiquei da sabendo da morte da menina por bala perdida<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcccc;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Da 6º chacina do ano na Grande SP<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;"><em>RATÁTÁTÁTÁ</em></span><br /><br />Do assalto a banco que terminou com 6 feridos e um morto<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Da ação da PM num morro do Rio onde uma criança de 12 anos foi morta por bala perdida<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Saio da TV e vou trabalhar<br /><br /><em><span style="color:#ff6666;"><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Fico sabendo que mataram o Macarrão<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Um moleque que vi crescer aqui na rua<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Mas que com o tempo foi pro caminho errado<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Também fico sabendo que mataram o Cesinha<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff6666;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Um menino direito mas que estava no local errado e na hora errada<br /><br /><span style="color:#ff6666;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /></span><br />E ainda fora morto por um policial numa blitz<br /><br /><span style="color:#ff6666;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em> </span><br /><br />E vou seguindo meu caminho até o trabalho<br /><br /><span style="color:#ff6666;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /></span><br />Com uma sensação estranha na cabeça<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />De que tudo está fora do controle<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />De que não posso mais confiar em ninguém<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />De que preciso proteger a minha vida<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></em><br />Que preciso proteger a da minha família<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><em><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></em></span><br />Que preciso fazer alguma coisa<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><em><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></em></span><br />Porque todo dia matam gente onde eu moro<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;"><em>RATÁTÁTÁTÁ</em></span><br /><br />Todo dia matam gente inocente<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Todo dia roubam gente inocente<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><em><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /></span><br />Todo dia traumatizam gente inocente<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />E nesse violência cotidiana a perseguir a minha vida<br /><br /><span style="color:#cc0000;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em> </span><br /><br />A cada momento que passa me vejo obrigado a conviver com ela<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Seja aonde for<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span><br /></span></em><br />Seja aonde escrever<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;"><em>RATÁTÁTÁTÁ</em></span><br /><br />Seja aonde estiver<br /><br /><span style="color:#cc0000;"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /></span><br />Mas enquanto for possível falar<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />E esses tiros não sufocarem as palavras de quem tem algo a dizer<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Vamos cobrar para que algo seja feito<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Ou que pelo menos esse RATÁTÁTÁTÁ<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />Continue a incomodar os seus ouvidos<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />E os seus olhos<br /><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cc0000;">RATÁTÁTÁTÁ</span></em><br /><br />E não acabe fazendo parte de você.<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#cc0000;"><em>RATÁTÁTÁTÁ<br /><br />RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ<br /><br /></em></span><em><span style="color:#ff0000;">RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ<br /><br />RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ</span><br /><br /><span style="color:#ff0000;"><strong>RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ RATÁTÁTÁTÁ</strong></span><br /><br /></em><span style="font-size:130%;color:#ff0000;"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:100%;"><strong><em>PU</em></strong></span><strong><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">M</span> </span><br /></em></strong></span><strong><span style="color:#ff0000;"><em>.<br />.<br />.<br />.<br />.<br />.<br />.</em></span></strong></span></div><br /><br /><p><br /><span style="font-size:85%;">FOTO: http://img180.imageshack.us/img180/5112/baianola6.jpg</span></p>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-41502770948165332802008-07-27T19:12:00.007-03:002008-12-12T23:36:23.264-02:00Ô Aperto!!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwvovqwWdGzWvATT4-tz_RuJiP-QwRwuBTV-eeFbv29fGmleM0W2al_TD7nvPUJGG71riPXKgT6Ycb1VLaQtbIlZ6aJx7lS0fktzH8oMUUp05bAkLpBVRvrlLLriZU3d1IvJo9igaqaC0/s1600-h/metro_lotado[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5227822610379776930" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwvovqwWdGzWvATT4-tz_RuJiP-QwRwuBTV-eeFbv29fGmleM0W2al_TD7nvPUJGG71riPXKgT6Ycb1VLaQtbIlZ6aJx7lS0fktzH8oMUUp05bAkLpBVRvrlLLriZU3d1IvJo9igaqaC0/s320/metro_lotado%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Houve, num certo dia, num programa que agora não me recordo ao certo, uma matéria com nada mais nada menos que Silvio Santos em sua luxuosa mansão em Miami, naquela época em que estourou o boato (que ele fez questão de inventar) que estava com pouco tempo de vida.<br /></div><br /><div align="justify">O repórter perguntou se ele costumava vir a Miami e qual a diferença de São Paulo e lá.<br />Silvio respondeu:<br /></div><br /><div align="justify">- (...) São Paulo hoje está muito apertada, com gente em tudo que é canto, carros em tudo que é canto (...)<br /></div><br /><div align="justify">Se naquela época, cerca de sete anos atrás, ele já via São Paulo assim, que dirá hoje, se for perguntado novamente.<br /></div><br /><div align="justify">São Paulo é uma megalópole que já ultrapassou a marca dos dez milhões de habitantes, e aliado À isso conta com uma frota de quase seis milhões de veículos. Cerca de três milhões de pessoas utilizam o ônibus como transporte. São também já tem a segunda maior frota de helicópteros do planeta, e possui o aeroporto mais movimentado do país, Congonhas.<br /></div><br /><div align="justify">Diante desses números enoormes e entre outros que não vale a pena citar, não é de se espantar o recorde de congestionamentos que mês a mês se superam, não importa o horário. Fora a lotação dos trens, ônibus e metro, que explicitamente já não comporta mais o número de passageiros do dia-a-dia.<br /><br /><div align="justify">São Paulo também é a capital das filas. Fila para pagar as contas, fila para passar no caixa do supermercado, fila para carregar o bilhete de ônibus, fila para entrar no cinema, fila para andar na Rua 25 de Março, fila para subir no ônibus, no metrô, nos trens; fila para almoçar, fila para entrar num estacionamento, fila para sair dele, fila para passar no médico, para marcar consulta, e até para atravessar um cruzamento.<br /></div><br /><div align="justify">E agora, analisando tudo isso, me pergunto, se São Paulo tem cerca de 100 Km2, e grande ao ponto de um bairro do extremo sul ser 60 Km distante do Centro, porque ainda sem ela está tão apertado?<br /></div><br /><div align="justify">Isso é fruto de um processo de crescimento e ocupação desordenado que durante décadas atropelou as reservas naturais e que através de uma falta de planejamento urbano resultou em avenidas principais apertadas, um amontoado de ruas e casas mal distribuídas e todo um contingente populacional que inchou a cidade, e a administração municipal não acompanhou este ritmo de crescimento proporcionando estrutura e qualidade de vida para essa população.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Eis o resultado: transito caótico, previsão de que este trânsito caótico entre em colapso no prazo de cinco anos, filas para todos os cantos, desemprego, falta de opções de lazer nas periferias (obrigando os moradores a se deslocarem para outros cantos e assim gerando mais trânsito), hospitais e postos de saúde lotados, e tudo mais que uma metrópole possui. Vale ressaltar que é um problema que ocorre em quase todas as grandes cidades pelo mundo, especialmente as de paises em desenvolvimento como o Brasil.<br /></div><br /><div align="justify">E agora leitor, com os olhos abertos e fixados para o futuro, eu pergunto, aonde isso vai parar? </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">http://www.eternatpm.com/wp-content/uploads/2008/05/metro_lotado.jpg</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-77537906147394979302008-07-23T10:46:00.000-03:002021-11-02T11:01:39.212-03:00O Que Ficou Pelo Caminho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxRtUTrvc-b5UP5fcfLgMNoTjywWj3oQquFwdgp4WGkm0vGuwD9xIXn-y6r1tqOnjI6jFwW5yDcwpjJErPXlhmWkbuB4xeoC17HgcjytC-xhmBh81OK36yLothcFAM8lFRN3HdZ6FH6vU/s1600-h/andar[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5226418242481947666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxRtUTrvc-b5UP5fcfLgMNoTjywWj3oQquFwdgp4WGkm0vGuwD9xIXn-y6r1tqOnjI6jFwW5yDcwpjJErPXlhmWkbuB4xeoC17HgcjytC-xhmBh81OK36yLothcFAM8lFRN3HdZ6FH6vU/s320/andar%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgtYdBphpiD2GRXH7yDANZ9w6GBr70afT2SIpYVDYu3uDmshXRj749hEk_3ssWTgyM2WjYFvxdjCHfaEOX0GK_MPB1ZBYN0EDotYbpx8TZBIG9ugmOtDF0w3YRBwT5RC1kCy3TksCqLk/s1600-h/andar[1].jpg"></a><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Queria encontrar comigo mesmo<br />Observar os momentos que acimentaram os meus pilares<br />Voltar a admirar as virtudes cujas luzes me tornaram observado<br />Correr descalço pelo asfalto com olhos curiosos à procura do meu horizonte<br />Sentir o vento alisar a pele cuja adolescência deixava os seus carimbos.<br /><br />Queria encontrar comigo mesmo<br />Assistir às jóias raras que antes eram tão comuns aos meus dias<br />Voltar a demarcar os territórios que pretendia percorrer<br />Olhar as formas didáticas com que impus o meu eu<br />Olhar o amor como um sentimento virgem a ser explorado.<br /><br /></em></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Queria encontrar comigo mesmo<br />Assistir os tapas que me deram enquanto eu mesmo amarrei as minhas mãos<br />Observar as vezes que as minhas costas viraram porta bagagem de gente que não merecia<br />Rever as vezes que atiraram o meu ego para um universo distante e sombrio<br />Perceber as vezes que joguei meu eu para um rio afastado de todos os outros.<br /><br /></em></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Queria encontrar comigo mesmo<br />Rever as bandeiras que finquei neste chão que parecia ser mais claro<br />Olhar com olhos de menino as bandeiras ainda a serem conquistadas<br />Visitar os arquivos complexos dos meus crimes e danos morais<br />Relembrar as pessoas que hoje estão em outros planos.<br /></em></span><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-family:georgia;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /><em>Queria encontrar comigo mesmo<br />Sem querer corrigir os erros de grafia do meu livro vital<br />Sem querer atirar na coluna para desmoronar as fortalezas que me esmagaram<br />Apenas queria olhar nos meus olhos passados<br />Pedir-me um colo a amparar todo o meu corpo maior que eu<br />Perguntar-me afinal, o que foi que eu perdi comigo<br />Já que sinto meus olhos moldados com sombras e realismo venenoso.<br /><br />Simplesmente, há algo que você, rapaz que eu era, construiu na sua vida<br />Mas na passagem do tempo eu acabei me esquecendo com você<br />Não sei se poderás me devolver<br />Mas pelo menos tenha compaixão de mim<br />E me deixe saber o que é.<br /><br />O algo que ficou pelo caminho...<br /><br /></em><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://ncoisasparapensar.blogspot.com/2007/11/recto-recto-recto.html</span><br /><br /><div align="center"><span style="color:#ffcc33;"><strong>Selo Esse Blog É Consciente</strong></span></div><br /><div align="justify"><span >Hoje de manhã recebi do grande Stanley do </span><a href="http://www.antologiaracional.com/"><span >Antologia Racional</span></a><span > o selo Esse Blog É Consciente, que já diz tudo. São para blogs que realmente tem o que mostrar, e principalmente, o que dizer.</span></div><br /><span >E agora, orgulhosamente, os meus indicados:<br /><br /></span><div align="center"><a href="http://dmoretto.blogspot.com/"><span >Diego Moreto</span></a></div><a href="http://cafecomnoticias.blogspot.com/"><div align="center"><span >Café com Notícias </span></a></div><div align="center"><a href="http://www.euzer.blogspot.com/"><span >Metendo o Bedelho</span></a></div><br /><div align="justify"><span >Para os indicados, o link do selo está na coluna ao lado</span><em>.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>E mais uma vez, obrigado, muito obrigado.</em></div></div></span></span></span></span></span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-89791715241313609182008-07-16T11:36:00.006-03:002008-12-12T23:36:23.578-02:00Uma Tinta Descascada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfJrl95-XvZyRJuApohTeR-8Kp_CrnmZ3pblbBSadpbZPwQhdYG1riFObbe6ZOXmtP0BMU3YBmCqSg7heqpCU6R7iRTu78R5RYhdESamjWn9Qb6NTMCxcskQ82ByNSCRpG02-79rZonw/s1600-h/paredes+que+falam.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223624716786554066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfJrl95-XvZyRJuApohTeR-8Kp_CrnmZ3pblbBSadpbZPwQhdYG1riFObbe6ZOXmtP0BMU3YBmCqSg7heqpCU6R7iRTu78R5RYhdESamjWn9Qb6NTMCxcskQ82ByNSCRpG02-79rZonw/s320/paredes+que+falam.jpg" border="0" /></a> <div align="justify"><br /> </div><div align="justify">Abriu a porta do quarto de maneira devagar. Estava cansado. Seus olhos estavam estranhos, como quem olhava para um ponto fixo no horizonte.<br /></div><br /><div align="justify">Sentou-se em sua cama. Observou o seu quarto. Um pôster mofado do Queen, um quadro com uma paisagem marítima, algumas correntes penduradas e paredes rachadas com várias marcas de tinta descascada.<br /></div><br /><div align="justify">Era estranho. De repente, o rapaz começou a olhar para os objetos à sua volta. Tudo largado, empoeirado, amontoado. Viu seu quarto num completo estado de decadência. E pensar que, anos atrás, ele já fora mais organizado.<br /></div><br /><div align="justify">E então, os olhos estranhos do rapaz passaram a olhar para a janela, ainda aberta mesmo já sendo onze da noite. percebeu o quanto sua rua havia mudado. Tinha até uma arvore perto do portão do seu Mario que agora estava cortada. Quando haviam a cortado? Ele já brincara tantas vezes naquela arvores quando moleque... Percebeu também quem algumas casas estavam diferentes, e olhando bem, tinha uma que nem existia mais. Era só entulho! Aquela casa era a mais antiga da rua, e a mais bonita também, com sua fachada rica em detalhes típicos de casa antiga.<br /></div><br /><div align="justify">Percebeu também a ausência de alguns vizinhos. O Luis que vivia jogando bola até as duas da manha, a Marina, que vira e mexe aparecia vendendo nas casas os seus produtos da Avon e bijouterias, o Cadu, que vivia dizendo que ia ser policial quando crescesse, onde estavam todos? Será que ainda moravam por ali?<br /></div><br /><div align="justify">Resolveu fechar a janela já que estava tarde. Era hora de tomar um bom banho e ir dormir.<br /></div><br /><div align="justify">Ao virar-se em direção a porta, o rapaz se deparou com seu espelho. Parou. Passou a se observar. Há tempos que ele usava a mesma blusa, verde desbotada e batida. Aquela calça jeans também já estava bem velha. E seu tênis então? O mesmo estilo, sempre. Seu cabelo também estava grande. Precisava dar uma aparada. Nossa, e quanto tempo que ele não passava um gel? Tinha gel ainda, estaria vencido?<br /></div><br /><div align="justify">Estava mais magro, abatido. Nunca tinha reparado: seu rosto estava mais fundo, assim como a região do pescoço. Tirou a camiseta. Estava mesmo mais magro.<br /></div><br /><div align="justify">Em seguida, tirou o restante da roupa, foi tomar banho. Ao voltar, abriu seu guarda roupa. Junto às suas camisetas havia dois livros, um de atualidades e o outro um guia de profissões. Ambos datavam de 2004, ou seja, já estavam ali há quase 4 anos. Nem lembrava mais deles. Isso porque durante um tempo estes foram as suas bíblias, mas que no fim, não deu em nada. Lembrou-se que seus antigos colegas de escola já estavam cursando superior, enquanto ele ainda estava ali, apenas trabalhando na sua função de caixa numa rede de fast-foods.<br /></div><br /><div align="justify">Se vestiu, arrumou sua cama, apagou a luz. Deitou-se, ainda bastante pensativo. Era engraçado porque até naquele dia de manha ele era a mesma pessoa, mas bastou encontrar um antigo amor, casada, formada em administração, e um grande amigo da escola que não fazia nada, repetiu várias vezes de ano, e agora estava cursando Economia na USP, que o rapaz abrira os olhos, e passou a enxergar as coisas como elas realmente estavam.<br /></div><br /><div align="justify">Viu sua vida, simplesmente, se tornar uma tinta descascada, assim como as paredes do seu quarto.<br /></div><br /><div align="justify">E concluiu: era hora de pintar um novo quadro.<br /></div><br /><div align="justify">Na vida todas as coisas mudam. A diferença é que, para quem pára no tempo, a mudança é a sua própria degradação.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">FOTO: http://intensafenix.blogspot.com/2007/10/transio.html</div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-65803395706312489532008-07-13T12:33:00.005-03:002008-12-12T23:36:23.796-02:00O Instinto de Sobrevivência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebV0HOr0kE9SKr17TFAoQ4egRs_WW4Jwa_Pyq-swWHObEnDpanSzUu7VlOEyWMfyLZmHwmaaIrSUAxYekYNq0sOw05OS_NKp0SDpC6LktbFpRfRUB1dAKhz8WzbtT7f0crPt1EeFLAcI/s1600-h/machado292[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222526349332032290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebV0HOr0kE9SKr17TFAoQ4egRs_WW4Jwa_Pyq-swWHObEnDpanSzUu7VlOEyWMfyLZmHwmaaIrSUAxYekYNq0sOw05OS_NKp0SDpC6LktbFpRfRUB1dAKhz8WzbtT7f0crPt1EeFLAcI/s320/machado292%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;"><em>“O empresário Pedro Ivo de Torres Souza, 21 anos, que matou um de seus seqüestradores e fugiu de seu cativeiro na cidade de Americana, interior de São Paulo, afirmou em entrevista ao Fantástico que não repetiria o ato e que não aconselha ninguém a tomá-lo como exemplo.(...)”</em><br /></span><em><span style="font-size:85%;color:#33ccff;"></span></em></div><br /><div align="center"><span style="font-size:0;"></span><span style="color:#cccccc;"><em><span style="font-size:85%;">Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2908161-EI5030,00.html</span></em><br /></span></div><br /><div align="justify">É engraçado como de uma hora para outra o ser humano que habitualmente costuma ser racional e civilizado se torna um animal irracional e seguidor dos seus próprios instintos, especialmente o de sobrevivência, podendo até se tornar um assassino.<br /></div><br /><div align="justify">A atitude deste jovem empresário seqüestrado é a prova de como há momentos em nossa vida que a situação parece nos empurrar para deixar a nossa civilidade de lado, e a tomar certas atitudes aos nossos olhos até condenáveis, mas que num momento de desespero, parecem ser a única saída.<br /></div><br /><div align="justify">A violência urbana é a prova disso. Pessoas comuns e que normalmente são inofensivas e de bom coração se vêem humilhadas na mão de assaltantes e passando por situações até desumanas. Obvio que, uma hora, baterá um sentimento de que você precisa se defender daquilo. E dependendo do momento, ele pode explodir antes mesmo que possa controlá-lo.<br /></div><br /><div align="justify">Mas é aí que se cria um paradoxo. Há limites para se aceitar certas atitudes como a do empresário, ou tudo que se faz na tentativa de se defender e sobreviver mediante uma situação extrema é válido?<br /></div><br /><div align="justify">Por exemplo, numa região onde a fome é alta, chega algum caminhão com mantimentos, o “normal” e aparecer uma aglomeração de famílias em busca daquela comida. Mas como não há para todos, a tendência é haver uma disputa para conseguir a maior quantidade, nem que se precise atropelar quem estiver na frente ou puxa-lo para fora do seu caminho. E nessas horas dane-se quem seja, se é criança, mulher, idoso, é a sobrevivência que está em jogo. Mas e a questão do respeito ao próximo, e a noção de organização, de saber dividir, de coletividade, onde ficaram?<br /></div><br /><div align="justify">É apenas um exemplo de que num momento desses, tudo isso fica para trás, mas também fica os prejudicados pelo caminho.<br /></div><br /><div align="justify">No caso desse empresário é um pouco diferente. Ele foi seqüestrado, ele matou aquele que poderia ter lhe matado. Chamou a atenção da mídia por esse fato. Muitos o aplaudiram porque acham que “bandido bom é bandido morto”.<br /></div><br /><div align="justify">Mas no dia a dia, o instinto acaba sempre aparecendo. Há um sentimento coletivo de que ninguém pensa em ninguém, por isso, “também vou pensar só em mim”. Há também um descrédito com a justiça (que também dá MUITOS motivos), por isso, muitos acabam por achar que fazer justiça é a melhor solução, mesmo que essa só exista na cabeça dele, e o quadro na verdade seja outro.<br /></div><br /><div align="justify">Mas, dependendo da situação, e é esse o problema, reagir com o instinto pode muitas vezes voltar contra si mesmo, ou na própria morte, ou no próprio remorso.<br /></div><br /><div align="justify">Uma coisa é certa nesse caso do empresário: uma situação de desespero é capaz de derrubar todos os conceitos de uma pessoa, e a tornar um ser movido à sua própria força, e muitas vezes, à sua própria fúria.<br /></div><br /><div align="justify">Mas, é tão arriscado, que no fim das contas, poderá piorar a situação ainda mais.<br /></div><br /><div align="justify">Mas sendo sincero, não sei o que faria se estivesse no lugar dele. É algo que só mesmo quem viveu pode saber.<br /></div><br /><div align="justify">E você, já pensou nisso?</div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.estadao.com.br/fotos/machado292.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-84274070245300847422008-07-07T11:52:00.007-03:002008-12-12T23:36:23.994-02:00Sessão Nostalgia 3 - Mais comerciais antigos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirpf64xaLynb6tIiU2xqcX5c8UqbYDRFnpcbWwYoFumkdN65gIh0vid2DcUp0w20iJ7sMvnMKlGVEy2Tuk0frUgEODvf5QkXlqSfJQsTmrBNoNOXOPk4B596BeI6rddj1GPLbijAIln1w/s1600-h/poupanca_bamerindus[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5220636558597609538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirpf64xaLynb6tIiU2xqcX5c8UqbYDRFnpcbWwYoFumkdN65gIh0vid2DcUp0w20iJ7sMvnMKlGVEy2Tuk0frUgEODvf5QkXlqSfJQsTmrBNoNOXOPk4B596BeI6rddj1GPLbijAIln1w/s320/poupanca_bamerindus%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>
<br /><div align="justify">Olá leitor(a).
<br />
<br />Bem que eu tentei, mas parece que a horta das minhas idéias andou secando nesse fim de semana. Por isso, resolvi postar mais uma vez algumas pérolas que achei no youtube.
<br />
<br />São comerciais antigos, a maior parte deles dos anos 90. Algumas empresas nem existem mais, como o Banco Bamerindus, mas alguns de seus slogans e bordões continuam vivos na memória da gente e vira e mexe acabamos pronunciando por aí.
<br />
<br />Bem, é isso. Divirta-se, e tenha uma ótima semana.
<br />
<br />
<br />Mesbla (com Tv Colosso) - 1994
<br />
<br /><param value="transparent" name="wmode"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/iUoab6WZ8oY&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />
<br />Philco (Formiguinhas) - 1997
<br />
<br /></param><param value="transparent" name="wmode"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/qed6Lg4OhaI&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />
<br />Bamerindus (Forró) - anos 90
<br />
<br /></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8-Ze4hCtZCY&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />
<br />Skoll (Velhinhas) - 2000
<br />
<br /></param><embed src="http://www.youtube.com/v/7kD5L_D3Bc0&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br /><span style="font-size:85%;">FOTO: </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">http://www.fernandopaes.ppg.br/blog/wp-content/uploads/2008/05/poupanca_bamerindus.jpg</span></div>
<br />Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com24tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-29199253003308663472008-06-30T12:14:00.010-03:002008-12-12T23:36:24.517-02:00O Homem do Sonho<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj567wkTrOVoN58M-_KoMyiCp1kcEkYaSdDYpWeDTScBSKbI98Txwnid4iCWuVa_aQDj8hdtemACOcoSyoO-5Q8xE4l4bNcol-PWIOI3Tp4rXmDSC_dVSfrISvx6cE24RTS5En3Q0hkbK8/s1600-h/Assalto+(Daniel+Allan)[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5217694177719884146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj567wkTrOVoN58M-_KoMyiCp1kcEkYaSdDYpWeDTScBSKbI98Txwnid4iCWuVa_aQDj8hdtemACOcoSyoO-5Q8xE4l4bNcol-PWIOI3Tp4rXmDSC_dVSfrISvx6cE24RTS5En3Q0hkbK8/s320/Assalto+(Daniel+Allan)%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Hora de dormir. Finalmente! Depois de um dia exaustivo, repleto de pessoas mau humoradas, de chefe mau humorado, de trabalho intenso no escritório, de congestionamentos por todos os lados, discussões, barulhos de automóveis, furadeiras, tratores, buzinas, ar-condicionado, anúncios nos alto-falantes, de sirenes de carros de polícia, bombeiros, ambulâncias... e mais uma infinidade de coisas que só de lembrar já lhe davam irritação.<br /></div><br />Alfredo era o herói, enfrentava esse caos todos os dias. Estava exausto, cansado a ponto de fechar os olhos. Chegou em casa, conversou sério com sua esposa sobre o que havia acontecido naquele dia, tomou um bom banho para lavar a alma, jantou, assistiu um pouco de televisão e recolheu-se na cama. Era só relaxar, esquecer o resto do mundo, e entrar no mundo confuso dos sonhos.<br /><br /></div><div align="justify">- Boa noite amor! Não fique assim não. O importante é que já passou. – disse Helen, sua esposa.<br /><br />- Eu sei. Durma com os anjos! Eu também vou procurar descansar. – murmurou ele, dando-lhe um beijo carinhoso na boca.<br /><br />Dormiram. Que milagre o vizinho não ligara o som do carro naquela hora da noite! Era uma benção! Então, já que a noite estava silenciosa, Alfredo teve a certeza: aquela noite seria a ideal para recarregar de verdade todas as suas energias gastadas durante o seu dia. E mais do que nos outros, naquele dia ele realmente estava precisando descansar.<br /><br />“Como é bom estar na minha cama... sossegado... no silêncio... com a minha mulher...zZzZzZ”<br /><br />Porém, de repente, ouviu-se um grito vindo do quarto ao lado.<br /><br />- Não, não, não me machuque, não machuque o meu pai, por favor! Não! Socorro, socorro!<br /><br />Era Lucas, seu filho, quatro anos, que mais uma vez estava tendo pesadelos.<br /><br />Pai e mãe acordaram. Alfredo se levantou, pediu para Helen dormir, que ele vai ver o que houve com Lucas. O menino continuava gritando. Alfredo se apressou até o quarto. Chegando lá, viu o garoto desinquieto, virando de um lado para o outro da cama. Estava tendo um pesadelo.<br /><br />- Psiu, calma filho! O papai ta aqui! Isso, calma, já passou, já passou...<br /><br />O menino acordara assustado. Que pesadelo horrível! Abraçara o pai com toda força, como se aquele homem fosse o herói, o que acabaria com o vilão do pesadelo. Alfredo o abraçou, o acalmou, esperou que aquele pobre coraçãozinho recuperasse os batimentos normais.<br /><br />- Pai, ele era horrível, ele queria eu, ele queria o senhor...<br /><br />Pobrezinho, sonhando com o velho e conhecido bicho papão...<br /><br />- Filho, o bicho papão não faz mal a ninguém, é só um pesadelo!<br /><br />- Bicho papão? Não pai, bicho papão não tem arma...<br /><br />“Arma? Ele sonhou com arma?”<br /><br />- ...era um homem feio, que gritava, berrava, falava um monte de palavrão!<br /><br />- E o que ele fez, filho?<br /><br />- Ele veio pro nosso carro e gritou com o senhor. Pediu dinheiro e o senhor disse que não tinha. Daí ele apontou aquela coisa na sua cabeça e depois apontou pa minha. Eu gritava para ele não matar o senhor!<br /><br />Alfredo ficou estático.<br /><br />- Puxa filho! Que sonho horrível! Vamos esquecer isso. Vamos lembrar só dos sonhos bons certo?<br /><br />- Tudo bem pai! Mas não sei se vou conseguir dormir de novo! Posso dormir com o senhor?<br /><br />- Claro meu filho! O papai dorme abraçado com você para espantar os pesadelos!<br /><br />- Oba!<br /><br />- Vem comigo. Cuidado para não acordar a mamãe.<br /><br />E caminhavam pelo corredor, até que Lucas pára.<br /><br />- O que foi? Por quê parou?<br /><br />- Pai, aquele homem não existe de verdade, né?<br /><br />Alfredo ficou calado. O menino já estava tão assustado com o homem! Temia que se falasse a verdade, ele não conseguiria mais dormir, e tirar isso da cabeça também.<br /><br />- Não filho, é coisa da sua imaginação. Vamos dormir, já é muito tarde, ok?<br /><br />O menino sorriu. Pelo menos essa noite ele não iria ter problemas para dormir.<br /><br />Subiu na cama com ele. Ele no meio, e Alfredo na ponta. Embrulhou-se com o lençol. Abraçou Lucas e deu-lhe um beijo na testa. E então, sob a proteção calorosa dos braços do pai, o menino fechou os olhos e pegou rapidamente no sono. Já Alfredo, mesmo com todo o silêncio que agora pairava no quarto, percebeu que seria uma noite muito difícil de dormir...<br /><br />Alfredo sabia, e muito bem, que aquele homem existia. Tinha o visto hoje de manhã.<br /><br /><em></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;">São Paulo, agosto de 2002</span></em><br /><br /></div><span style="font-size:85%;"></span><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span><span style="font-size:85%;">http://alerta.blogspot.com/2007/09/ultimamente-o-nmero-de-assaltos-tem.html</span> </div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-35321522068258116992008-06-22T13:38:00.008-03:002008-12-12T23:36:24.688-02:00Os Jogos Violentos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi5Lp7Mk5pAKue9M0ipJOXUzqU5LQDK3hNnVp05OKFNJKX7mgqOgdoEfCcP5x7TLoMmxi7IF8vLuk8nDNzvKtnTYauRqt_8wHNO80PJ_uJ5aO2o8UNYWsKRbmps1gxB_C7vUv2h_HmlMw/s1600-h/jogo_violence.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5214755773148680770" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi5Lp7Mk5pAKue9M0ipJOXUzqU5LQDK3hNnVp05OKFNJKX7mgqOgdoEfCcP5x7TLoMmxi7IF8vLuk8nDNzvKtnTYauRqt_8wHNO80PJ_uJ5aO2o8UNYWsKRbmps1gxB_C7vUv2h_HmlMw/s320/jogo_violence.bmp" border="0" /></a><br /><div align="justify">No domingo dia 25-05 vi uma reportagem no Fantástico sobre alguns jogos de violência que tiveram o seu comercio proibido no Brasil. Estão entre eles, Counter-Strike e Everquest.<br /></div><br /><div align="justify">O motivo é que, segundo o Ministério Público, eles incentivam o uso da violência podendo gerar até uma série de deturpações psicológicas para o jogador, induzindo-o inclusive a cometer crimes. Normalmente são jogos onde o jogador tem que matar para ganhar pontos, e geralmente os modos utilizados vão desde a armas potentes até ao uso da própria força, transformando o alvo em puro sangue, carne viva e muitas vezes mutilada. E quanto mais se mata, melhor, mais pontos se acumula.<br /></div><br /><div align="justify">Não é de hoje que jogos violentos são motivo de polêmica na sociedade. Lembro-me quando quiseram proibir a circulação do inesquecível Mortal Kombat, justamente sob o mesmo argumento de incentivo à violência. E assim sempre foi até os dias de hoje, onde os jogos são cada vez mais sofisticados com os seus gráficos bem elaborados e trilhas sonoras que nos fazem até gravá-las no MP4 para ir ouvindo no caminho do trabalho, e alguns tão próximos da realidade que chega a nos deixar de boca aberta.<br /></div><br /><div align="justify">Desde pequeno eu jogo esses jogos violentos, e desde pequeno conheço pessoas que jogam e adoram esses jogos violentos. E nem por isso eu saio por ai matando todo mundo e nem conheço, pelo menos até agora, alguma pessoa que tenha se influenciado dessa forma e praticado algo do tipo.<br /></div><br /><div align="justify">Há jogos que eu até concordo que devem ser banidos como aqueles que incentivam o bullyng (agressão psicológica violenta, tipo um aluno na escola que sempre é alvo de fortes humilhações), o racismo e qualquer tipo de preconceito.<br /></div><br /><div align="justify">Mas cá entre nós, se um pai adora um jogo violento e joga na frente do filho, obvio que ele vai se interessar também. Se ele mora num bairro violento, se assiste a filmes de ação violentos, se toda hora que liga o jornal é um caso de morte aqui, de homicídio ali, de atentado terrorista acolá, ou pior, se há casos de violência dentro de casa, será que proibir certos jogos faria alguma diferença na vida dele?<br /></div><br /><div align="justify">Não adianta, não se cortará a violência dessa forma. O que precisa se fazer entender é que jogo é jogo, vida real é vida real. Às vezes é bom jogar algo violento apenas para descarregar o stress do dia a dia, e ali sim é o lugar, afinal, você tem na cabeça que aquilo tudo é só um jogo, que nenhum sangue derramado é de verdade e que qualquer boneco que tenha morrido decepado, basta sair e entrar no jogo que ele estará lá novamente, e você não estará fazendo mal à ninguém de carne e osso, estará apenas se divertindo.<br /></div><br /><div align="justify">A classificação indicativa também é uma ótima maneira até dos pais (os primeiros responsáveis pelo acesso do filho ou não a eles) para que possam controlar e orientar melhor o que os seus filhos andam jogando.<br /></div><br /><div align="justify">Acho que as autoridades deveriam abrir mais a cabeça e utilizar métodos mais eficazes. Podem ter proibido esses jogos, mas pode ter certeza de que eles continuarão sendo vendidos por aí, e jogados livremente.<br /></div><br /><div align="justify">E nós sabemos que quando se proíbem coisas assim, aí é que ela vira o centro das atenções, ainda mais quando sua circulação não é efetivamente controlada.<br /></div><br /><div align="justify">Não precisa pensar muito sobre o porque desses jogos com histórias “realistas” fazem tanto sucesso. Diferente daqueles jogos com monstros e outras ficções, eles simplesmente retratam uma realidade que já existe há muito tempo, quando sequer o Atari existia. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Sendo assim, se a Justiça acha que proibir a venda desses jogos vai mudar alguma coisa, então que aguardem a resposta do tempo, sentados em suas cadeiras ao invés de se preocupar com coisas mais importantes.</div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span><span style="font-size:85%;">http://neuralgames.files.wordpress.com/2007/10/violent-games-hb3004-bill.jpg</span></div><br /><div align="justifyspan style="><span style="font-family:verdana;"><strong>Em Linhas... Retrô</strong></span></span></div><div align="justify"></div><br /><div align="center"><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/06/olhos-vendados.html"><span style="font-family:verdana;"><strong><em>Olhos Vendados</em></strong></span> </a></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><em><span style="color:#33ccff;">Se puder, comente.</span></em></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com28tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-36494773863304907412008-06-18T11:49:00.008-03:002008-12-12T23:36:24.900-02:00Eu Sinto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfhRfmj9sDb0jnmmAiBgOuPSmxgnJwIZ8_d4lWVwAJcVBjbdsAUe6kdaD397FEkdm7-WPqgSSwSaIZXnWP5c2vv_ghGJxavLehc7F8AkWL-dpImuGOWKpMv541xs_U7NnJ_e8Q9kKQCLM/s1600-h/espinhos.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5213240242713892290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfhRfmj9sDb0jnmmAiBgOuPSmxgnJwIZ8_d4lWVwAJcVBjbdsAUe6kdaD397FEkdm7-WPqgSSwSaIZXnWP5c2vv_ghGJxavLehc7F8AkWL-dpImuGOWKpMv541xs_U7NnJ_e8Q9kKQCLM/s320/espinhos.jpg" border="0" /></a> <div><div align="center"><em>Eu sinto...<br /><br />Haverá uma certa lua cheia<br />Que me jogarei no chão junto com meus fantasmas<br />Todos eles irão rir de mim no inicio<br />Mas ao ver que estarei me jogando de verdade<br />Todos eles irão se desesperar<br />Começarão a se debater a ponto de querer me segurar<br />Mostrarão todo o meu passado<br />Repetirão as palavras que já tacaram em mim<br />Repetirão as vezes que não respondi à altura<br />E todas as vezes que eu errei<br />Mas ao perceberem que é um caminho sem volta<br />Ai sim é que irão mostrar os meus feitos<br />Mostrar que os venenos que recebi fora obra deles<br />Que as luzes nunca saíram de mim<br />Que as estações continuam as mesmas<br />Mas foram eles os culpados pelo meu tempo fechado<br />E por todas as bíblias dos meus conceitos que escrevi<br />Agora, meus caros, corram atrás do prejuízo<br />Porque no dia em que meu eu se transformar em cacos<br />Vocês irão juntos comigo para o nada<br />E então, por mais que queiram se redimir e abrir de verdade os meus olhos<br />Eles já estarão usando óculos escuros<br />E daí por diante, serei uma metralhadora descontrolada<br />Cujo estrago provocado será tão grande<br />Que se abrirá uma fenda a cortar as limites entre a lucidez e a loucura<br />E acabarei sendo útil apenas para as noticias de jornal.<br /></em></div><br /><div align="center"><em>Eu sinto... muito.</em></div><br /><div></div><div><span style="font-size:85%;">FOTO: http://blog.br.inter.net/blog/guerreirodaluz/blog.br.inter.net/images/espinhos.jpg</span></div><div></div><div><span style="font-family:verdana;"><strong></strong></span><br /></div><div><span style="font-family:verdana;"><strong>Em Linhas... Retrô:</strong></span></div><div></div><br /><div align="center"><span style="font-family:verdana;"><em><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/06/pensamento.html">A Fonte D'Água</a></strong></em></span></div><br /><div></div><div><span style="color:#33ccff;"><em>Se puder, comente.</em></span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-61395694435911520752008-06-14T11:27:00.004-03:002008-12-12T23:36:25.171-02:00Delírio - Ser e Ter<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl2J8RxiOvlTuHDl2X3tlKCt9hhKoOXBkGov1EYbzeUPMLL72aPaD_OEoQ3ostSyA-Iw1he7HaVAnhUsaJkmtXCOVtZbL7TC6YDLWv21cR1bCxqjXpZszpOIEmiciYknNUCnPwcz8SV_s/s1600-h/formiga[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211570425710273746" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl2J8RxiOvlTuHDl2X3tlKCt9hhKoOXBkGov1EYbzeUPMLL72aPaD_OEoQ3ostSyA-Iw1he7HaVAnhUsaJkmtXCOVtZbL7TC6YDLWv21cR1bCxqjXpZszpOIEmiciYknNUCnPwcz8SV_s/s320/formiga%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Ter um carro importado<br />Ter um tênis da moda<br />Ter um nome importante<br />Ter um curso superior<br />Ter um pai advogado<br />Ter um filho celebridade<br />Ter um corpo bonito<br />Ter um bom emprego<br />Ter um rosto bonito<br />Ter um cargo importante<br />Ter uma bela mansão<br /><br />Ser bom<br />Ser amigo<br />Ser honesto<br />Ser digno<br />Ser trabalhador<br />Ser sorridente<br />Ser otimista<br />Ser altruísta<br />Ser ponderado<br />Ser precavido<br />Ser correto<br /></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Ter cor<br />Ter sabor<br />Ter abraço<br />Ter beijo<br />Ter luz<br />Ter um abraço<br />Ter um ombro<br />Ter um laço<br />Ter um passo<br />Ter um sonho<br /><br />Ser rico<br />Ser famoso<br />Ser ambicioso<br />Ser trapaceiro<br />Ser gostoso<br />Ser ligeiro<br />Ser durão<br />Ser importante<br />Ser requisitado<br />Ser superior<br />Ser esperto<br /><br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> sonhos<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> sonhos<br /></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> coração<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> coração<br /></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong> </span>muito<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> muito<br /></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> tudo<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> tudo<br /><br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> nada<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> nada<br /><br />Nada <strong><span style="color:#ff0000;">ser</span></strong> e tudo <span style="color:#ff0000;"><strong>ter</strong></span><br />ou<br />Tudo <strong><span style="color:#ff0000;">ser</span></strong> e nada <strong><span style="color:#ff0000;">ter</span></strong>?<br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Ser</span></strong> vale mais do que <span style="color:#ff0000;"><strong>ter</strong></span> </span></em><br /><br /></div><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Mas a errante certeza daqueles que olham o mundo com olhos feitos pelas mãos do seu próprio veneno:<br /><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><strong><span style="color:#ff0000;">Ter</span></strong> vale mais do que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span><br /><br />Mas olhando certo e com lentes de contato bem iluminadas:<br /><br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ser</strong></span> humilde vale mais do que <strong><span style="color:#ff0000;">ter</span></strong> ganância.<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> educação vale mais do que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> mal-educado.<br /><strong><span style="color:#ff0000;">Ser</span></strong> lutador vale mais do que <span style="color:#ff0000;"><strong>ter</strong></span> tudo na mão,<br />E <strong><span style="color:#ff0000;">ter</span></strong> sonhos vale mais do que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> acomodado.<br /></span></em><em><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <strong><span style="color:#ff0000;">ser</span> </strong>rico<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> famoso<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> forte<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <strong><span style="color:#ff0000;">ser</span> </strong>formado<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> esperto<br /><strong><span style="color:#ff0000;">Ter</span> </strong>que<strong> <span style="color:#ff0000;">ser</span></strong> casado<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong> </span>livre<br /><strong><span style="color:#ff0000;">Ter</span> </strong>que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> trabalhador<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong></span> honesto<br /><span style="color:#ff0000;"><strong>Ter</strong></span> que <span style="color:#ff0000;"><strong>ser</strong> </span>responsável<br /><br />Não importa o que tiver que ser<br />Sendo importante tê-lo na sua vida<br />É o que vale a mais a pena ter.<br />Cada sonho, cada gesto,<br />É só ser esperto e ter a certeza:<br />O que tiver que ter, terá<br />E o que tiver que ser, será.</span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:Verdana;font-size:130%;"></span></em></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Foto: </span><span style="font-size:85%;">http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/formiga.jpg</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong></strong></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Em Linhas... Retrô:<br /></strong></span></div><div align="center"><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/06/o-querer_15.html"><span style="font-family:verdana;"><strong>O Querer</strong></span></a></div><br /><div align="justify"><span style="color:#33ccff;"><em><strong></strong></em></span></div><div align="justify"><span style="color:#33ccff;"><em>Se você não leu, clique no link e conheça, e pra você que já leu, leia e compare com o que você comentou há um ano atrás. Será que hoje dirias o mesmo? rs</em></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-91565068037650539582008-06-08T23:11:00.023-03:002008-12-12T23:36:25.357-02:00Em Linhas... 1 ano!!!<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25oplOqZvHhlriJzZSRm7uhwQA-IaKB1D27-tBEeWMw9LjTpe7UYRVpf5GarSYK9VPsKM7WVom1AJ11KYf1BgOIfbExVto_DD-qT5-XEU4eUaU5voCzJJS7Q40h4S0DEAXqWNalduJDk/s1600-h/estrada_5_web[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209706110258794162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25oplOqZvHhlriJzZSRm7uhwQA-IaKB1D27-tBEeWMw9LjTpe7UYRVpf5GarSYK9VPsKM7WVom1AJ11KYf1BgOIfbExVto_DD-qT5-XEU4eUaU5voCzJJS7Q40h4S0DEAXqWNalduJDk/s320/estrada_5_web%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>Há algum tempo eu já queria postar esse texto, mas os imprevistos não deixaram, me fazendo postar só hoje, mesmo quase dormindo no micro, devido a uma gripe que quer me pegar.<br /><br /><div align="justify">Na quinta-feira, dia 05, o "Em Linhas..." completou um ano de vida.<br /><br /></div><div align="justify">Ele é um resultado de um desejo que sempre tive em ter um espaço meu onde pudesse escrever, desabafar, soltar o meu veneno, criticar, contar e proporcionar a quem o visita entretenimento com conteúdo, ou que pelo menos, fosse algo aproveitável...rs<br /><br /></div><div align="justify">Peguei um terça-feira em que estava de folga para montar esse espaço. Montei o layout após ficar horas mexendo e remexendo (como todo bom virginiano, sou um perfeccionista a ponto de irritar a mim mesmo...rs), e por fim, terminei nomeando (também após tentar vários nomes). Ainda postei dois textos que faziam parte de um antigo blog que tinha mas não deu certo, chamado Toca das Letras. Os dois textos, um chamado <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/06/violncia-no-brasil-e-da.html">“A Violência no Brasil... E Daí?”</a></strong></span>, e um pensamento chamado <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/06/pensamento.html">“A Fonte D’água”</a></strong></span>, foram o começo de uma demanda que já alcançou cerca de 77 postagens, contendo de tudo um pouco.<br /></div><br /><div align="justify">Mas vou ser sincero, o meu maior orgulho foi ter criado os <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/search/label/Del%C3%ADrios">Delírios</a></strong></span>, textos inspirados no Modernismo e em algumas músicas piradonas de “Os Mutantes”, que possuem uma maneira diferente (algumas vezes até agressiva) de expor um certo assunto. Você só não <strong><em><span style="color:#cccccc;">lê</span></em></strong>, como também <strong><em><span style="color:#cccccc;">vê</span></em></strong> o sentimento exposto ali.<br /></div><br /><div align="justify">Também postei alguns textos que já tinha escrito há algum tempo, como o conto <strong><span style="color:#66ff99;"><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/08/tem-um-carro-me-seguindo.html">“Tem Um Carro Me Seguindo”</a></span></strong>, de 2005, e o poema <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2008/04/teste-aprendendo-com-o-sofrimento.html">“Aprendendo com o Sofrimento”</a></strong></span>, escrito em 2000.<br /></div><br /><div align="justify">O blog também já apresentou temas de forma polêmica. O poema <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/10/portugueis.html">“Portugueis”</a></strong></span>, uma sátira ao nosso português errado de cada dia, foi um grande exemplo disso, onde teve até leitor criticando ferozmente comentário de outro leitor, e um debate praticamente político que rendeu...<br /></div><br /><div align="justify">Teve também os textos de caráter sombrio, postados na categoria <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/search/label/Tempestades">“Tempestades”</a></strong></span>, refletindo as tempestades por que já passei nesse tempo.<br /></div><br /><div align="justify">E por fim, textos a la sessão nostalgia, como o <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2008/04/sesso-nostalgia.html">“Sessão Nostalgia 1”</a></strong></span> e o <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2008/05/sesso-nostalgia-2.html">“Sessão Nostalgia 2”</a></strong></span>, um com aberturas de desenhos famosos, outro com comerciais antigos. Teve também um chamado <span style="color:#66ff99;"><strong><a href="http://emlinhas.blogspot.com/2007/07/602000.html">“60/2000”</a></strong></span>, que falava sobre esse clima de adoração de tudo do passado e ao mesmo tempo da subestimação de tudo que se refere á nossa década atual.<br /></div><br /><div align="justify">É claro que, ao ver esse blog hoje, percebi que a crítica é a sua principal vitamina, que dá sustento á tantas postagens e a tantos jeitos diferentes de escrever.<br /></div><br /><div align="justify">Acredito ter alcançado o meu objetivo nesse 1 ano: fazer dessas linhas um divã, não só meu, mas de você também leitor, que parou alguns de seus minutos para ler as abobrinhas e pirações desse rapaz que deseja ser um jornalista. Espero ter contribuído com o seu dia, ter tirado do fundo do seu coração algo que você queria dizer mas estava engasgado na garganta, ou apenas para matar a saudade de algo que fez parte da sua infância, ou treinar o seu espírito critico e consciente que rege os seus caminhos.<br /></div><br /><div align="justify">Não posso terminar esse texto sem agradecer a leitores que estão aqui desde o começo, como o grande mestre <strong><em><span style="color:#33cc00;">R Lima</span></em></strong> e seu <em><strong><span style="color:#33cc00;">“O AveSSo da Vida”</span></strong></em>. Sabes que as suas palavras, o seu incentivo, desde o outro blog, sempre me fizeram muito bem, e como eu já comentei até em uma postagem sua, o seus textos sempre foram referência para mim. Você também é um dos responsáveis por esse aniversário.</div><br /><div align="justify">Também agradeço ao <strong><em><span style="color:#33cc00;">Diego Moreto</span></em></strong>, do blog de mesmo nome, que sempre que pode aparece por aqui, deixando seus comentários tão inteligentes.<br /></div><br /><div align="justify">Também agradeço a você, <strong><em><span style="color:#33cc00;">Pequena Gi</span></em></strong> do <strong><em><span style="color:#33cc00;">"Sede de Devaneios"</span></em></strong>. Sei que sua vida anda muito corrida, mas também sempre que pode dá o ar de sua graça pelas postagens.<br /></div><br /><div align="justify">E, tentando me lembrar de todos, obrigado ao <strong><em><span style="color:#33cc00;">Vicente Freitas</span></em></strong>, a <strong><em><span style="color:#33cc00;">Fada</span></em></strong>, a <strong><em><span style="color:#33cc00;">Mila</span></em></strong>, ao <strong><em><span style="color:#33cc00;">Euzer</span></em></strong>, a <strong><em><span style="color:#33cc00;">Paloma</span></em></strong>, ao <strong><em><span style="color:#33cc00;">Amnésico</span></em></strong>, ao <strong><em><span style="color:#33cc00;">Soul Music</span></em></strong>, e a <em><strong><span style="color:#33cc00;">todos</span></strong></em> que também fazem parte dessa história.<br /></div><br /><div align="justify">E obrigado também por todos os selos e prêmios, todos que recebi de maneira inesperada, e coincidência ou não, quando me encontrava desmotivado com o blog.<br /></div><br /><div align="justify">A todos vocês, podem ter a certeza, terão o meu crédito sempre que eu puder, pois vocês todos são mestres no que fazem, cada um com o seu estilo, cada com o seu modo de pensar.<br /></div><br /><div align="justify">E por fim, agradeço de coração a você leitor dessa postagem, seja novo por aqui, seja já de casa, mas pode ter a certeza de que esse rapaz que ama a arte de escrever o faz com gosto e satisfação, e mesmo agradecendo todos os elogios e críticas, sabe que ainda tem muito o que aprender.<br /></div><br /><div align="justify">Mas, essas linhas não terminam por aqui...</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Por isso, até a próxima postagem.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Tenha uma ótima semana.</div><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span><span style="font-size:85%;">http://193.126.122.175/Newvision/portallizer/upload_img_conteudos/estrada_5_web.JPG</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-68980690428131442952008-06-05T11:17:00.007-03:002008-12-12T23:36:25.492-02:00O Papel é Mais Paciente que o Homem - Parte IV - Final<em><span style="color:#33ccff;"></span></em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicVjzVwbDKkKRUmSW9aKwcJg4Px9sZbcjh_sFMWTjvRUHj62IHCHfcEv53pr0tGPsmXxNSA5xQp3fK3swKCFEuQqFBbVqdPQ3cZgwJEulns1KGbSlcNpHu8lb9NxCCuZ097Y1zD2RPtTg/s1600-h/stress_one[1].gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5208404977198173378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicVjzVwbDKkKRUmSW9aKwcJg4Px9sZbcjh_sFMWTjvRUHj62IHCHfcEv53pr0tGPsmXxNSA5xQp3fK3swKCFEuQqFBbVqdPQ3cZgwJEulns1KGbSlcNpHu8lb9NxCCuZ097Y1zD2RPtTg/s320/stress_one%5B1%5D.gif" border="0" /></a> <div align="center"><em><span style="color:#33ccff;">Peço novamente desculpas por estar postando só hoje. Ontem pareceu ser o dia dos imprevistos... mas tá aqui, o último capítulo, tá meio longo, mas eu garanto que ao ler você nem vai perceber que terminou, ou mesmo que perceba, não vai se arrepender...</span></em></div><div><br /></div><div align="justify">Sala de reunião. Normalmente, quando a equipe era convocada para essas reuniões com seu Gomes, sempre para lhes dar algum sermão, pairava naquela sala um clima de “O Aprendiz” da Tv Record, bem naquele momento em que os participantes aguardam a entrada de Roberto Justus. Mas lá não, o clima estava tão descontraído, mas tão descontraído, que a reunião parecia mais uma confraternização. O motivo?<br /><br /></div><div align="justify">- Nossa, tangerina podre... KKKKKK.<br /><br /></div><div align="justify">- Eu sinceramente não queria ver a cara do seu Gomes hoje... Não vou conseguir me segurar quando ver a cara dele e aquele mania de ajeitar as calças...KKKKK<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Era só o assunto. Finalmente, alguém falara palavras “sábias” e verdadeiras sobre seu Gomes. Marcelo apenas observava aquela cena, todos comentando do papel, todos comentando dele, todos fazendo fofoca sobre o ato de Marcelo, e principalmente, onde estaria o tal papel, já que Dona Maria, a faxineira, espalhou o papel suspeito que entregara a seu Gomes e a sua reação após recebê-lo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Nossa... Nunca pensei que causaria tanto nessa empresa com esse papel... – sussurrou a Afonso. – Acho que falei demais. Já tão inventando coisas que eu não escrevi. O que eu fiz cara... Devia ter tomado mais cuidado com aquele papel... Eu nem sei o que vou fazer quando o seu Gomes esfregar ele na minha cara aqui, na frente de todo mundo...<br /><br /></div><div align="justify">- Relaxa. Qualquer coisa a gente inventa que foi intriga de alguém, sei lá. Mas não fica assim não, a gente ainda não tem certeza se é mesmo o seu papel o não. Apesar que tudo indica que sim, né...<br /><br /></div><div align="justify">- Obrigado pelo ânimo...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E de repente, a maçaneta da porta foi brutalmente mexida. Silêncio. Por fim, ajeitando as calças, eis que surge seu Gomes, com a sua cara visivelmente cheia de olheiras, e também visivelmente furioso, com jeito de quem estava prestes e despejar coisas que estavam entaladas na sua garganta.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E com um sorriso irônico, soltou:<br /><br /></div><div align="justify">- Boa tarde.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Boa tarde. – todos responderam, apreensivos.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Muito bem... Acho que já perco demais o meu tempo falando com vocês, por isso, irei ser o mais sutil possível sobre o que vim tratar nessa reunião. Na verdade, de inicio, era sobre um assunto só, mas nessa tarde ocorreu um certo fato muito infeliz que acabou entrando na pauta, portanto, senhoras e senhores, iremos tratar sobre dois assuntos importantes.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Marcelo sentiu um frio a percorrer o seu corpo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Ontem o gerente geral me chamou a atenção para o comportamento da nossa equipe, coisas fúteis como questão do lixo, conversas altas no corredor, assuntos inapropriados para o ambiente de trabalho e até mesmo problemas no visual como barba por fazer, vestimentas não adequadas ao que diz as normas da empresa, e outros fatos que me deixaram profundamente abalado. Afinal, vocês acham que estão aonde? Na casa de vocês? Num zoológico? É muita falta de postura e profissionalismo por parte de vocês! Há muito tempo já deveriam ter seguido o meu exemplo como profissional há quase vinte e cinco anos aqui dentro...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E ficou, por longos trinta e seis minutos discutindo sozinho sobre questões de postura dentro do ambiente de trabalho, fazendo comparações infelizes e citando nomes de funcionários na frente dos outros, deixando-os constrangidos. Com o tempo, aquele sermão foi dando sono a muitos que estavam ali, mesmo aos berros roucos que seu Gomes emitia, entre uma arrumada de calça e uma arrumada de gravata que ele vivia fazendo. E Marcelo permanência trêmulo, distante, apenas pensando no próximo assunto...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- E é isso senhoras e senhores “não-colaboradores”. Agora, vamos ao segundo assunto que vim tratar hoje. Estava eu em minha sala, me preparando para o que ia dizer referente a essa reunião, quando a faxineira na qual sempre me esqueço o nome vem a minha sala e me entrega este papel aqui...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E tirou o papel do bolso, exibindo as suas costas, a parte com o logotipo da empresa, para todos os presentes naquela mesa. Todos olharam para Marcelo, que ficava cada vez mais pálido, e em seguida voltaram a olhar para seu Gomes, disfarçando ao máximo os seus sorrisos.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Nunca pensei em vinte e cinco anos de empresa que viveria uma situação tão constrangedora como essa! Um absurdo! Uma vergonha! Uma...- e mordeu os lábios, resolvendo não dizer. – Alguém tem algo a dizer sobre isso?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Silêncio absoluto. Afonso, como bom amigo, deu discretos tapas nas costas de Marcelo, que á esta altura, já sentia o seu corpo todo tremendo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Ninguém? Então tá... já que ninguém se manifestou, então vou escolher a pessoa certa para falar sobre esse assunto, não é mesmo, senhor <span style="font-family:verdana;color:#ff0000;"><strong><em>MARCELO</em></strong></span>?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Susto. Olhares sobre o dito cujo. Marcelo olhou para seu Gomes, que com seu olho que mais parecia uma arma mirando sobre ele, continuou:<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- O que o senhor tem a me dizer sobre isso aqui?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Já era tarde. Pelo jeito, era mesmo o paepel. Não tinha mais como fugir. Falaria a verdade, ou inventaria a famosa desculpa, “armaram isso tudo pra mim”? Não, não ia colar. Seu Gomes pouco liga para os seus funcionários. Ele será mandado embora do mesmo jeito. O melhor era falar a verdade.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Me desculpe seu Gomes, não foi a minha intenção denegrir a sua imagem. Na verdade estava chateado porque horas antes lhe apresentei um projeto de melhoria para o nosso setor e o senhor simplesmente se recusou a me ouvir, ainda dizendo que eu só era pago pra obedecer...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Sei...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- E sinceramente, não acho justo dar esse tratamento a um funcionário que apenas quer dar o melhor de si, e o senhor pode ter certeza, essa sua postura arrogante colabora e muito para todas essas criticas negativas que o senhor mesmo acabou de citar aqui na reunião. Tome as providencias que o senhor preferir em relação a mim, mas eu não me arrependo de ter escrito esse papel desacatando o senhor. Foi apenas uma maneira que encontrei de descarregar aquilo tudo que estava entalado na minha garganta referente ao seu modo arrogante e repressor com quem tem tratado a mim e a todos presentes aqui na sala. O senhor pode ter o tempo que for aqui dentro, mas uma coisa, que, sendo sincero, o senhor ainda não aprendeu é que funcionário não deve só ser pago para obedecer, e sim para colaborar com a equipe dando o melhor de si. É isso.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Silêncio. Olhares assustados e fixados nos dois. Seu Gomes também estava mudo, sem reação, com os olhos ainda fitados em Marcelo. Balançou a cabeça, suspirou, e por fim, deu o seu veredicto:<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Você está certo, senhor Marcelo, não tiro a sua razão. Pode ter certeza que farei o possível para tratar a todos conforme a sugestão do senhor, desde que também façam a sua parte. Agora, vou lhe confessar uma coisa, estou chocado com esse papel que você me escreveu. Muito chocado! Onde ele está?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Onde ele está? Ora, na sua mão.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Isso aqui é apenas um relatório do desempenho da equipe. Aliás, era disso que eu ia falar. Não tinha visto ainda esse papel, e confesso que fiquei estarrecido com a nossa decadência em seis meses. Era isso que eu ia mostrar. Mas agora eu quero saber, onde está esse papel?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Então... ele não estava com o senhor?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Se estivesse acha que eu estaria perguntando?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Marcelo olhou para Afonso. Agora caíra a ficha. Além do papel não estar com seu Gomes, ele também não sabia de nada... até ali.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Eh... o que o senhor ia falar mesmo sobre o relatório?<br /><br /></div><div align="center"><span style="font-size:180%;">*** </span><br /></div><div align="justify">- Nossa, meu ouvido tá doendo até agora, cara. – disse Marcelo, enquanto arrumava as suas coisas em sua sala.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Eu imagino. Pow cara, não sei nem o que dizer. Por causa de um papel aconteceu isso tudo. Ainda bem que ele não te mandou por justa causa, não é?<br /></div><div align="justify">- Pois é, ele sabe que eu to certo, e ele percebeu o quanto a equipe anda insatisfeita com a gestão dele. Chega uma hora que até gente casca grossa feito ele percebe as coisas como são à sua volta. Mas eu não me arrependo de ter escrito aquele papel, não. Agora me sinto muito melhor, primeiro por ter descarregado tudo aquilo, e segundo, por ter falado na cara do seu Gomes o que ele precisava ouvir.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Era a hora da despedida, antes de passar pela última porta que um empregado demitido sempre passa, a do departamento pessoal.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Valeu mesmo Afonso, obrigado por tudo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Que é isso. Amigos são pra essas coisas. E vê se não fura naquela pelada que a gente marcou no sábado á tarde hein!! Não quero perder o contato com você.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E deram aquele abraço de macho, contido, mas de coração. Em seguida, Afonso disse:<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Bem, sem emprego por muito tempo você não fica. O meu amigo vai te indicar lá onde ele trabalha. Ganha até mais do que aqui e o chefe de lá é muito gente boa. Já te dei o telefone né?<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Deu, tá aqui no bolso...- e começou a fuçar no bolso só para conferir.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Foi então que, de repente, Marcelo mudou de expressão. Ficara estático.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- O que foi, cara? – perguntou Afonso.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E de repente, Marcelo puxa junto com a anotação do telefone, um papel amassado, com o logotipo da empresa.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Eu não acredito! – surpreendeu-se Afonso. – Isso...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E Marcelo abriu o dito cujo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Sim, é ele. Puta que pariu... agora que eu me lembrei. Teve uma hora que seu Gomes falou da reunião, e no nervosismo, quase que inconscientemente,e enfiei com tudo dentro do meu bolso, mas lá no fundão mesmo. Nesse nervosismo todo eu nem... Ah, mas deixa quieto. Agora já é tarde. Vou guardar esta obra prima como lembrança. Pelo menos agora eu to livre daquele imbecil. Bem, vou nessa então. Mais uma vez obrigado por tudo, amigo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Que é isso. Desculpa não poder descer com você, mas é que o seu Gomes me entupiu de tarefas hoje, alegando que eu precisava ter mais o que fazer... – disse rindo.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Beleza então. Até sábado.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- Até sábado.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">E Marcelo fechou a porta. Afonso, agora sozinho na sala, sentou em sua mesa, ligou o seu computador, e começou a mexer com as suas planilhas. Olhou para a mesa vazia ao lado.<br /></div><div><br /></div><div align="justify">Sim, Marcelo faria muita falta, muita mesmo...<br /></div><div><br /></div><div align="justify">- É, bem que o meu avô dizia, o papel é mais paciente que o homem... </div><div><br /></div><div align="justify">E pelo resto do dia Afonso assim ficou: cheio de trabalho, mas rindo sozinho.</div><br /><div></div><div align="center"><span style="color:#33ccff;"><em>Obrigado, de coração, a todos que tiveram a paciencia de ler e acompanhar todos os capitúlos dessa história...</em></span></div><em><span style="color:#33ccff;"></span></em><div align="justify"><br /></div><div><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.yogainlasvegas.com/images/stress_one.gif </span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-76316601217318127532008-06-03T10:48:00.005-03:002008-12-12T23:36:25.692-02:00O Papel é Mais Paciente que o Homem - Parte III<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVQmCZ7ayUMnsFaB2r4Ekbe2Itl7q8wWNxHkkgR8TOQZgzzKshRZjwCNHdb5k6gsPdYhOFXFho1dZEO-EADk602n6DvqeuUa5AvVBl2Dv00AuUvOU8AX8yD9LEqaKZFgIz-xUdIiHKPLY/s1600-h/search3[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5207658826277344882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVQmCZ7ayUMnsFaB2r4Ekbe2Itl7q8wWNxHkkgR8TOQZgzzKshRZjwCNHdb5k6gsPdYhOFXFho1dZEO-EADk602n6DvqeuUa5AvVBl2Dv00AuUvOU8AX8yD9LEqaKZFgIz-xUdIiHKPLY/s320/search3%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><em><span style="color:#33ccff;">Para ententer melhor a história, confira as Partes I e II.</span></em> </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">- O quê? Tangerina podre? Eu não acredito!!!! KKKKKKKK!!!<br /></div><br /><div align="justify">- Nossa!! Você é louco Marcelo!!! Mas pra falar a verdade, você poderia publicar isso na reunião!!! Ia ajudar e muuito no desempenho da equipe...AH AH AH AH AH AH AH!!<br /></div><br /><div align="justify">- Ai tadinho!! Tangerina podre não... Coitada das tangerinas, ao contrário do seu Gomes, elas fazem tão bem...HAUHUAHAUHAUHUA!!!!!<br /></div><br /><div align="justify">- Nada como ter o papel pra gente desabafar não é Marcelo? Adorei a idéia, também vou fazer isso quando ele fizer piadas do meu casamento. Aquele gordo ridículo merece muito mais do que isso.<br /></div><br /><div align="justify">Marcelo nunca havia se divertido tanto com seus colegas como dessa vez. Chegava a ser assustador o quanto as pessoas do departamento detestavam seu Gomes. Gente vítima de gritos, palavras injustas, piadas sem graça, humilhações e simplesmente, quando queriam apenas demonstrar o melhor de si, assim como Marcelo, foram pisados pela arrogância do velho.<br />Porém, para a tristeza de Marcelo, ninguém vira o tal papel.<br /><br /></div><div align="justify">- E agora Afonso? O tempo tá passando! Eu preciso achar isso antes da reunião.<br /><br /></div><div align="justify">- Sabe cara, me lembrei de uma coisa agora. A faxineira não passa por aqui por volta das duas da tarde? E se ela não passou e levou esse papel com ela? Era mais ou menos por esse horário que a gente saiu pra tomar água.<br /><br />- Vamos falar com ela então.<br /></div><div align="center"><span style="font-size:180%;">***</span><br /></div><div align="justify">- Como assim a senhora já sabe dona Maria?<br /></div><br /><div align="justify">- Ué, do tal papel que você escreveu pro seu Gomes? Nossa, isso virou o assunto do dia. Você escreve bem rapaz. Já pensou em trabalhar fazendo humor?<br /></div><br /><div align="justify">- Quem sabe, dona Maria, quem sabe, mas a senhora chegou a encontrar algum papel caído lá no corredor.<br /></div><br /><div align="justify">- Bem...<br /></div><br /><div align="justify">Expressão de suspense. Marcelo e Afonso olharam para a faxineira com apreensão. Dona Maria tinha uma noticia.<br /></div><br /><div align="justify">- Hoje eu passei mais ou menos nesse horário de sempre no corredor de vocês. Mas daí eu passei perto de uma daquelas portas e realmente achei um papel no chão. Só que na hora, sei lá, na dúvida, resolvi entregá-lo ao seu Gomes mesmo. Eu até achei estranho pela cara furiosa que ele fez quando leu aquilo. Mas você sabe, como eu não sou uma pessoa curiosa eu não me atrevi a perguntar o que era aquilo, senão era capaz de eu perder o meu emprego...<br /></div><br /><div align="justify">- M-Meu Deus. Afonso!!! Eu to na roça!!!! Ele...<br /></div><br /><div align="justify">- Calma!! Calma!! A gente ainda não tem certeza se foi esse papel que ele leu mesmo.<br /></div><br /><div align="justify">- Eu to vendo a cena, cara! Ele tá quieto, não falou nada até agora. Ele vai deixar pra expor isso na reunião... Meu Deus, eu vou ver mandado embora por justa causa...<br /></div><br /><div align="justify">- Calma seu Marcelo. Você não conhece seu Gomes? Ele é explosivo. Se fosse isso mesmo ele já teria vindo falar com o senhor. – disse dona Maria.<br /></div><br /><div align="justify">- Tá vendo? Vamos fazer o seguinte. Vamos terminar o nosso trabalho, e esperar a reunião...<br /></div><br /><div align="justify">- Já sei, Afonso!! Vamos lá na sala dele e recuperar esse papel.<br /></div><br /><div align="justify">- O quê? Você ficou louco? Ir na sala dele como? O cara agora tá lá. E pior, se for mesmo o seu papel, imagina se ele te vê ali, naquela sala, a sós...<br /><br /></div><div align="justify">- Vixe... não quero nem pensar. É... você tem razão. Mas e então, o que a gente faz?<br /><br /></div><div align="justify">- Vamos esperar a reunião. Como ele já vai discutir a postura na nossa equipe, então ele vai tocar nesse assunto. Se não tocar, é porque o papel não está com ele, beleza?<br /><br /></div><div align="justify">- Não sei não... Acho que a gente deveria procurar mais...<br /><br /></div><div align="justify">- A gente já procurou o bastante. E é como a dona Maria falou, ele é explosivo, se fosse isso, já teria falado com você antes.<br /><br /></div><div align="justify">- Droga! Porque que eu não dei logo um fim nesse papel...<br /><br /></div><div align="justify">- Eu avisei...<br /><br /></div><div align="justify">Marcelo o olhou com a cara feia.<br /><br /></div><div align="justify">- Não precisa jogar na cara. Eu sei disso, mas você queria que eu fizesse o que? Bem na hora que a gente tá falando do velho ele aparece...<br /><br /></div><div align="justify">- Tudo bem, desculpa. – respondeu Afonso, cortando ele. - Mas vamos lá, faltam poucos minutos pra começar a reunião. Ele vai dar pela nossa falta. Relaxa, é muita coincidência esse papel ter ido parar logo nas mãos dele.<br /><br /></div><div align="justify">- É... muita coincidência...<br /><br /><br /></div><div align="justify"><em><span style="color:#33ccff;"></span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#33ccff;"></span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#33ccff;">aguarde... amanhã, último capítulo</span></em></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.faunus.com.br/Figuras/search3.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-58852501849749202102008-06-02T11:30:00.005-03:002008-12-12T23:36:25.882-02:00O Papel é Mais Paciente que o Homem - Parte II<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOD3MqJ1TU67px99EGvHM617X1x0LajYW44V7vKC67BWEUsfAGBmCWhFx6I7idtqsB4jXHFPue-otpQoBYLw2vHhyx-uCt-ZmiafRzyWwgq-Ttk7P0UoFsfM2_mTzdOhWfgRbketdrV-0/s1600-h/janetleight.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5207297172851152482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOD3MqJ1TU67px99EGvHM617X1x0LajYW44V7vKC67BWEUsfAGBmCWhFx6I7idtqsB4jXHFPue-otpQoBYLw2vHhyx-uCt-ZmiafRzyWwgq-Ttk7P0UoFsfM2_mTzdOhWfgRbketdrV-0/s320/janetleight.jpg" border="0" /></a> <em><span style="color:#33ccff;">Para entender melhor a história, confira a postagem anterior, parte I.</span></em><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">- Seu Gomes? – disse Afonso, espantado.<br /></div><br /><div align="justify">- Como vai seu Gomes? – disfarçou Marcelo, enquanto pegava a carta e a jogava no colo.<br /></div><br /><div align="justify">- Porque o susto? – perguntou o velho, com sua voz rouca e rasgada. – Aconteceu alguma coisa?<br /></div><br /><div align="justify">- Não senhor. Estávamos apenas conversando sobre alguns assuntos da empresa. – respondeu Marcelo.<br /></div><br /><div align="justify">- Hum... sei. Com tanta coisa pra se resolver os dois pombinhos ficam de conversa pelos cantos? Eu não sou contra homossexualismo, mas aqui na empresa não se tolera relações mais intimas entre funcionários...<br /></div><br /><div align="justify">Silêncio. E de repente, o velhote soltou uma gargalhada. Não parecia, mas para ele, havia feito uma piada. Uma piada que Afonso e Marcelo não acharam a menor graça.<br /></div><br /><div align="justify">- O senhor queria nos falar alguma coisa? – perguntou Marcelo, mudando logo o rumo da conversa.<br /></div><br /><div align="justify">- Óbvio. – disse ele enquanto ajeitava a calça. – Achou que eu viria me ajuntar a conversa de vocês? Eu tenho mais o que fazer. Quero os dois mais tarde na minha sala para uma reunião com os funcionários do nosso setor. Será daqui á duas horas. Não ando gostando de certas posturas na nossa equipe, e já vou avisando: cabeças irão rolar.<br /></div><br /><div align="justify">Os dois rapazes sentiram um frio a percorrer a pele.<br /></div><br /><div align="justify">- Tudo bem. Estaremos lá. – respondeu Afonso.<br /></div><br /><div align="justify">O homem apenas emitiu um som incompreensível, e em seguida saiu da sala, ajeitando a gravata.<br /></div><br /><div align="justify">- Cara, eu ainda mato esse velho... – disse Afonso, agora engasgado. – Isso é piada que se faça?<br /></div><br /><div align="justify">- Pra você ver. To até suando. Vamos tomar uma água?<br /></div><br /><div align="justify">- Demorou. Nem quero imaginar como vai ser essa reunião... Cabeças vão rolar... cabeças vão rolar...<br /></div><br /><div align="justify">E saíram rapidamente da sala, rumo ao bebedouro mais próximo, que ficava no corredor a duas portas depois da deles. A frase de seu Gomes fora forte, e ficara por vários minutos se repetindo dentro de suas mentes, como um LP riscado.<br /></div><br /><div align="justify">- “Cabeças irão rolar”... “cabeças irão rolar”... “cabeças irão rolar...”<br /><br /></div><br /><div align="center"><span style="font-size:180%;">*** </span></div><br /><div align="justify">E após um bom copo d’água, dos dois voltaram a sala, se jogando em suas cadeiras.<br /></div><br /><div align="justify">- A Mari falou que ele tá planejando essa reunião há dias. Tudo porque o gerente geral reclamou dos nossos resultados.<br /></div><br /><div align="justify">- Engraçado né Afonso. Todo aquele meu projeto fala justamente sobre isso, sobre como melhorar os resultados da nossa equipe. Apresentar isso cairia como uma luva nessa reunião. Mas duvido que ele me deixe falar. É só ele quem fala nas reuniões.<br /></div><br /><div align="justify">- Pois é... Nossa, até agora to engasgado com aquela piada que ele fez. Eu devia fazer como você também. Vou escrever uma daquelas cartas pra aquele tangerina podre...<br /></div><br /><div align="justify">Foi então que Marcelo teve um estalo. No momento de tensão pela presença de seu Gomes e pela reunião, esquecera-se do bilhete, que até então onde lembrava, havia deixado em seu colo. Olhou para a papelada na mesa. Em seguida, olhou para o chão. O papel não estava lá. Colocou a mão nos bolsos de sua calça. Também não estava lá.<br /></div><br /><div align="justify">- O que foi? – perguntou Afonso, enquanto mexia o mouse do seu micro para sair da proteção de tela.<br /></div><br /><div align="justify">- Não acho aquele papel que eu escrevi. Tinha deixado ele no colo na hora que o seu Gomes entrou.<br /></div><br /><div align="justify">- Iiihhh... deixa eu ver.<br /></div><br /><div align="justify">E fuçaram por toda a sala, nas mesas de funcionários de outros turnos, no carpete, nas gavetas, e até nas lixeiras.<br /></div><br /><div align="justify">- Eu não acredito que você perdeu isso, Marcelo. Vamos lá no corredor, vai que você deixou cair por lá.<br /></div><br /><div align="justify">E foram no corredor até no bebedouro onde haviam parado. Algumas pessoas que passavam por ali estranhavam a atitudes daqueles dois rapazes andando de quatro naquele carpete cinza.<br /></div><br /><div align="justify">- O que estão procurando. – perguntou Miriam, colega de trabalho.<br /></div><br /><div align="justify">- Eh...<br /></div><br /><div align="justify">Falariam do tal desabafo ao chefe?<br /></div><br /><div align="justify">- É um papel que a gente perdeu...<br /></div><br /><div align="justify">- Por acaso seria esse aqui? Achei na porta da sala de vocês.<br /></div><br /><div align="justify">E no desespero, Marcelo arrancou o papel da mão da mulher.<br /></div><br /><div align="justify">- Nossa calma! – indignou-se ela. – Eu já ia te entregar.<br /></div><br /><div align="justify">E Marcelo abriu o papel. Murchou. Não era ele.<br /></div><br /><div align="justify">- Desculpa, é que eu preciso muito desse papel que eu perdi. O meu emprego pode estar em jogo se ele parar em mãos erradas.<br /></div><br /><div align="justify">- Sei. E como ele é?<br /></div><br /><div align="justify">- Era na verdade um rascunho. Atrás tem o símbolo da companhia.<br /></div><br /><div align="justify">- Ah... quase todos os papeis daqui tem a marca da companhia. Desse jeito fica difícil né... Mas tudo bem. Se eu achar alguma coisa por ai, eu falo com vocês. Com licença, preciso me arrumar pra reunião com seu Gomes.<br /></div><br /><div align="justify">E a moça saiu, deixando os dois no chão.<br /></div><br /><div align="justify">- Cara, agora eu to com medo. - comentou Marcelo. - Onde foi para esse papel?<br /></div><br /><div align="justify">- Onde foi eu não sei cara, mas acho melhor a gente correr porque a reunião começa daqui a duas horas. Imagina se alguém encontra esse papel ou o próprio seu Gomes o encontra por ai?<br /></div><br /><div align="justify">- Vira essa boca pra lá. Eu já sei o que a gente vai fazer. Vamos perguntar em todos os departamentos.<br /></div><br /><div align="justify">- Mas peraí, você não vai falar o que tinha naquele bilhete não é?<br /></div><br /><div align="justify">- Vou sim. Não tem outro jeito. Até porque, esse bilhete ia fazer um puta sucesso entre o pessoal. Ia ser muito divertido.<br /></div><br /><div align="justify">- Pior que ia mesmo...hehehehe... Bom, se esse é o preço que a gente tem que pagar pra achar esse bilhete, tudo bem, a gente paga. Vamos lá.<br /></div><br /><div align="justify">Marcelo abriu um sorriso. Mesmo com toda aquela situação, ele iria adorar mostrar esse bilhete para todos os membros da equipe. Vai ser um sucesso...</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="color:#33ccff;"><em>continua... </em></span></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span><span style="font-size:85%;">http://timshel-driesvanba.blogspot.com/</span><span style="font-size:85%;">2007/12/psicose-65.html</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-3213287076118683732008-06-01T21:37:00.013-03:002008-12-12T23:36:26.076-02:00O Papel é Mais Paciente que o Homem - Parte I<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQwb7AuUYDNd8SapMqMVn2k_aw1Gi0gBeBe83LUMmn2nBTd7BTNppjqDXtSmrFw0p0cZoO0Bg3LRrhhSm4NZiYpXBFVihYSs1H8EhiNF9_zcvtr0ksiSH56jYfuWwih9VJJj6c_c4Xej4/s1600-h/nervoso.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5207099720319653458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQwb7AuUYDNd8SapMqMVn2k_aw1Gi0gBeBe83LUMmn2nBTd7BTNppjqDXtSmrFw0p0cZoO0Bg3LRrhhSm4NZiYpXBFVihYSs1H8EhiNF9_zcvtr0ksiSH56jYfuWwih9VJJj6c_c4Xej4/s320/nervoso.bmp" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="color:#33ccff;"><em>Nesta semana o "Em Linhas..." completará 1 ano de vida. E para comemorar esta data tão especial, publicarei um conto com quatro partes que serão postadas</em> <strong>de hoje até o dia 4</strong><em>, que mostra o que um simples desabafo no papel pode provocar na vida de uma pessoa, especialmente quando esse belo desabafo envolve o seu “querido” patrão...</em> </span><br /></div><br /><div align="center"><em><span style="color:#33ccff;">Divirta-se, e acompanhe essa seqüência que promete...</span></em></div><br /><br /><div align="justify">Abriu a porta com fúria, fechando-a em seguida. Sentou em sua mesa, espumando de raiva.<br /></div><br /><div align="justify">Afonso viu o amigo Marcelo visivelmente nervoso. Não precisou pensar muito. Foi mais um daqueles dias em que levara esporro do seu patrão, Seu Gomes. </div><br /><div align="justify">Seu Gomes era um senhor de idade. Beirava os sessenta anos, mas a sua expressão enrugada e com pesadas olheiras lhe adicionavam mais dez anos de idade. Era gordo, usava habitualmente terno e gravata, mas com a sua pressa e a sua ansiedade sempre à flor da pele, suas calças nunca paravam no lugar, e a sua gravata vivia torta e mal colocada. Por isso, já era hábito vê-lo ajeitando as calças e/ou a gravata de dois em dois minutos. Já era administrador daquele setor há cerca de cinco anos, mas seu tempo de empresa já ultrapassava os vinte. Sentia-se o máximo em seu cargo, ainda mais quando o gerente geral exaltava as suas qualidades ou as qualidades do departamento. </div><br /><div align="justify">- Aquele imbecil não vale nada. Você acredita que ele simplesmente se recusou a ouvir o projeto que eu fiz, dizendo que quem era pago para pensar era ele e eu era só pago para obedecer? </div><br /><div align="justify">- Imagino. O seu Gomes é casca dura, acha que só ele é que deve pensar. Mas relaxa, cara, não fica assim não... </div><div align="justify"><br />Era o que ele sempre dizia ao amigo nessas horas. Por mais que detestasse aquele emprego e principalmente o patrão, Marcelo tinha muita vontade de trabalhar, e era uma mente criativa dentre todos que trabalhavam naquele setor.<br /></div><br /><div align="justify">- Aquilo ali é inveja. – dizia ele. – Ele tem medo de eu roubar o cargo dele. Essa é que é a verdade. Ele sabe que eu tenho mais competência que ele. Se você soubesse como eu fiquei na hora que ele falou aquilo... Deu vontade de falar tudo aquilo que tá engasgado na minha garganta, puta que pariu... </div><br /><div align="justify">- Não fica assim não rapaz, faz que nem eu, em vez de ficar por ai batendo porta, xingando o chefe e com coisa engasgada só zoando com a sua saúde, porque você não pega um papel e começa a descarregar tudo que você queria falar pra ele?<br /></div><br /><div align="justify">- Descarregar? No papel? Em linhas?<br /></div><br /><div align="justify">- Sim. É melhor do que ficar espumando aí como você tá... Às vezes eu faço isso também. Foi um psicólogo que me recomendou quando eu tive aquela crise de stress. Não conhece aquele ditado que diz que o papel é mais paciente que o homem?<br /></div><br /><div align="justify">- Sei... </div><br /><div align="justify">- Então. Faça isso, cara. Você vai ver como vai se sentir melhor...<br /></div><br /><div align="justify">Marcelo franziu a testa. Nunca tinha pensado nisso. Soava até meio que infantil para ele. Ele já tinha feito isso algumas vezes quando era adolescente, naquela fase em que os nossos conflitos viram linhas, em versos, diários ou em frases pequenas de caderno de escola. Mas já fazia muito tempo que ele não desabafava dessa forma.</div><br /><div align="justify"><span style="font-size:0;"></span><span style="font-size:0;"></span>- Não é uma má idéia... </div><br /><div align="center"><span style="font-size:180%;">*** </span><br /><div align="justify">- Pronto. Terminei.<br /></div><br /><div align="justify">- Posso ler?<br /></div><br /><div align="justify">- Pode mas lê só com os olhos.<br /></div><br /><div align="justify">- Beleza.<br /></div><br /><div align="justify">E então, Afonso começou a ler o papel.<br /><br /><em>“Querido senhor Gomes,<br /><br />Venho através desta lhe confessar o quanto admiro o seu trabalho e especialmente, o quanto a empresa conseguiu ser tão burra o suficiente para pagar um salário generoso a um velho que mal sabe arrumar as próprias calças. Obvio, quem sou eu pra discordar da gestão da nossa querida empresa, mesmo que ela tenha tomado a atitude de contratar cavalos no lugar de seres humanos para setores onde seus funcionários parecem ter mais inteligência do que o seu próprio administrador. Mas tudo bem senhor Gomes, o aquecimento global está acabando com o nosso planeta, e entendo que animais selvagens como o senhor precisem de uma ajuda para sobreviver, por isso, fique tranqüilo, eu não quero roubar o seu cargo ou a sua mulher, se bem que pelo seu jeito, duvido que você ainda lembre o que é ter uma mulher, com essa cara de tangerina podre que você tem.<br /></em></div><br /><div align="justify"><em>Pois bem senhor Gomes, diante disso tudo, apenas peço que preste mais atenção nos projetos que eu for lhe apresentar, porque não os faço para agradar o senhor, e sim porque além de querer o bem estar do nosso setor, eu não perco o meu tempo mostrando quem é que manda por aqui.”<br /></em></div><br /><div align="right"><em>Um abraço carinhoso de seu funcionário pago para obedecer,<br /></em></div><br /><p align="right"><em>Marcelo</em><br /></p><div align="justify"><em><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><br /></span></em>- Nossa cara, tangerina podre foi o pior!!!! – exclamou Afonso rindo.<br /></div><br /><div align="justify">- Psst! Fala baixo, quer que ele escute?<br /></div><br /><div align="justify">- Foi mal... mas meu, você escreveu isso como se realmente fosse algo direto pra ele. Ficou ótimo. Até eu me senti vingado! Mas e aí, você se sente melhor?<br /></div><br /><div align="justify">- Se eu me sinto? Nossa, acho que vou fazer isso todos os dias. Vou pegar... fazer essa carta... dobrá-la e guardá-la todos os dias só pra me divertir um pouco quando quiser rir da cara dele.<br /></div><br /><div align="justify">- Espera aí, você vai jogar fora né? Ou pelo menos não vai deixar isso guardado por aqui?<br /></div><br /><div align="justify">- Porque você tá falando isso? Você acha que alguém vai ler isso aqui ou que vai chegar aos ouvidos do chefe?<br /></div><br /><div align="justify">- Não sei mas se eu fosse você não arriscava.<br /></div><br /><div align="justify">- Relaxa. Todo mundo aqui odeia ele, fora que essa carta vai ficar bem guardada. Mas jogar fora eu não jogo nem em sonho. Foi a minha maior obra prima dentro dessa empresa.<br /></div><br /><div align="justify">- Tá bom, você é quem sabe, mas cuidado. Você mesmo me falou outro dia que tá endividado até o pescoço e não pode nem sonhar em perder esse emprego.<br /></div><br /><div align="justify">- Nem me fale. Mas pode ficar tranqüilo, ela está em boas mãos.<br /></div><br /><div align="justify">E de repente, para a surpresa dos dois. Seu Gomes entrou na sala, sem bater como de costume. Seus olhos carrancudos pareciam a todo momento uma arma mirada para quem ele olhava, pronta para disparar o primeiro tiro.<br /></div><br /><div align="justify"><em><span style="color:#33ccff;">continua...</span></em></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://franklincarlos.files.wordpress.com/2008/03/raiva.jpg</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-34651858060178977332008-05-25T21:14:00.006-03:002008-12-12T23:36:26.216-02:00A Nossa Second Life<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuNsdPEPwFu0HTPHV71vdcBfc2cqedLcyeMBmq8etpXCR3UYmgYjdqQvs43KxUXywf0G0p-BSiI0jLhM-AAFSCkl6aYc2090csuKRh3vL3wGNA8pzEPISjdh1nCNNMhwSC281ZYKpRljY/s1600-h/babelswarm_wideweb__470x313,2[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5204482113846400562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuNsdPEPwFu0HTPHV71vdcBfc2cqedLcyeMBmq8etpXCR3UYmgYjdqQvs43KxUXywf0G0p-BSiI0jLhM-AAFSCkl6aYc2090csuKRh3vL3wGNA8pzEPISjdh1nCNNMhwSC281ZYKpRljY/s320/babelswarm_wideweb__470x313,2%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> Era um dia como outro qualquer.<br /><br /><div align="justify">Peguei a minha mochila e saí de casa para ir trabalhar. A empresa que eu trabalho fica perto da minha casa, coincidentemente no prédio onde era a minha antiga escola. O tempo estava meio nublado, e eu também parecia ter nuvens na cabeça. Não sabia porque mas me sentia tão avoado naquele dia...<br /></div><br /><div align="justify">Chegando lá, como de costume, cumprimentei os meus colegas, uns com um beijo no rosto, outros com um tapa na cabeça, outros apenas de longe, outros com toque de malandro da periferia, outros com um sorriso, e em seguida sentei na minha cadeira para iniciar mais um dia de trabalho.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Liguei o meu micro, quando de repente me bateu algo na cabeça. Olhei para os lados. Havia algo muito estranho naquele ar já poluído de inveja e outros sentimentos negativos.<br /><br /></div><div align="justify">Mas dessa vez, parecia que a coisa era comigo. Todos me olhavam sérios e com cara de que eu havia feito alguma coisa. Achei estranho, porque tinha certeza de que não havia feito nada de diferente e nem fora das normas da empresa.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">E então, constrangido pelos olhares, cheguei até a uma amiga com quem tinha mais intimidade, e perguntei à ela se havia acontecido alguma coisa e porque todos estavam me olhando daquele jeito. Ela não respondeu, e também ficou me olhando com a mesma cara espantada.<br /><br /></div><div align="justify">Foi então que olhei para o display do aplicativo no micro de uma colega, e lá estava escrito “segunda-feira, 14 de abril de 2008”.<br /></div><br /><div align="justify">Foi aí que me dei conta do que havia acabado de fazer.<br /></div><br /><div align="justify">Na hora, as minhas pernas ficaram bambas, e após olhar aquela data eu simplesmente não sabia onde enfiar a cara.<br /></div><br /><div align="justify">Tinha me lembrado, simplesmente, que estava de férias, e desde o dia 1º de abril.<br /></div><br /><div align="justify">Sai de lá rasgando e escondendo o rosto para que ninguém mais me visse, principalmente o meu supervisor, e furioso porque saí de casa e minha mãe que estava lá não tinha sequer me lembrado.<br /></div><br /><div align="justify">E fiquei com aquilo na cabeça, assustado, afinal, há tanto tempo que esperava essas férias e de repente, acontece isso.<br /></div><br /><div align="justify">E de repente, me vejo assustado, ofegante e ainda com aquele cenário na cabeça.<br /></div><br /><div align="justify">Havia acabado de acordar. Havia tido, simplesmente, um sonho.<br /><br />Sonho é uma coisa curiosa. Me lembro ouvindo historias quando era menor, que quando a gente sonhava, significava que nosso espírito saia da gente e ficava vagando por ai e depois voltava ao nosso corpo. Ou então quando a gente uma coisa é porque na vida real vai acontecer o contrário.<br /></div><br /><div align="justify">Já sonhei com situações bem malucas, e com pessoas que conheço na vida real mas que não se conhecem entre elas. Ou então com personagens de filmes, novelas e seriados que marcaram a minha infância, adolescência, ou que assisto até hoje. E engraçado que, dependendo do sonho e do local que sonhei, acordo com ele na cabeça, como se eu ainda estivesse por lá. Parece que a gente está em transe...<br /></div><br /><div align="justify">E quando se tem aqueles sonhos eróticos, algo como aquela cara ou aquela gata que você está a fim faz tempo, e ela está bem ali, pronto(a) para você... vocês começam a se beijar, o clima vai esquentando... e de repente... PUF, você acorda bem na hora H. Bate aquele desespero, e você volta a fechar os olhos na tentativa de resgatar aquele sonho. Mas não adianta, ele não volta. E você fica ali na cama, chupando o dedo...<br /></div><br /><div align="justify">Há também aqueles sonhos estranhos que nós temos, geralmente com alguma situação diferente, e de repente ela acontece. São os sonhos premonitórios, que muita gente acredita e existem livros especializados em deduzir cada detalhe do sonho, seja para esclarecer algo que esteja atormentando as noites de sonho de alguém, seja para matar a curiosidade do leitor, ou seja simplesmente para jogar no bicho.<br /></div><br /><div align="justify">No caso do sonho que contei, o curioso é que na época estava mesmo de férias, porem o meu trabalho na verdade fica a mais de uma hora daqui de casa, isso de ônibus. Mas a origem dela foi um simples comentário no dia anterior que estava ainda estranhando essa rotina de não precisar de arrumar para sair e pegar esse transito caótico de São Paulo.<br /></div><br /><div align="justify">Sendo conclusivo, para mim o sonho é de certa forma a nossa “Second Life”, mas sem regras, cada dia com uma história diferente, cada momento com personagens e atitudes diferentes, mas o bacana é poder sair um pouco do nosso mundo e embarcar nessa fantástica sensação de estar vivendo uma outra realidade, muitas vezes algo que no fundo desejamos, mas por algum motivo externo está distante.<br /></div><br /><div align="justify">E tudo isso sem tecnologia, sem efeitos especiais e nem computadores inteligentes.<br /></div><br /><div align="justify">É apenas um trabalho cotidiano da nossa cabeça, e de graça.<br /></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: </span><span style="font-size:85%;">http://www.theage.com.au/ffximage/babel</span><span style="font-size:85%;">swarm_wideweb__470x313,2.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-52010847239830428212008-05-18T21:43:00.001-03:002008-12-12T23:36:26.443-02:00O Acervo de Daniela<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieUqr49v3qMw3RFAkRJ5V0pNdGC12JXAXTNJgIYmMu2I6VsvXN0d0lRBJYzg1I_MP4paTW0mJ9ORs8B_8xMtem5KfSonYCvkF6CJZmAYJAxSIer7wTUqvWWomrZ0KdIIcUcHcMMMjpSNo/s1600-h/cover_eyes[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5199278761038975394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieUqr49v3qMw3RFAkRJ5V0pNdGC12JXAXTNJgIYmMu2I6VsvXN0d0lRBJYzg1I_MP4paTW0mJ9ORs8B_8xMtem5KfSonYCvkF6CJZmAYJAxSIer7wTUqvWWomrZ0KdIIcUcHcMMMjpSNo/s320/cover_eyes%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> Era um daqueles dias chuvosos, onde nosso próprio corpo responde pouco aos nossos movimentos. A cama se torna um pólo de gravidade que parece a todo momento nos sugar de volta para ela, onde segundo a sua própria opinião, não deveríamos nunca ter saído.<br /><div align="justify"><br /><div align="justify">Daniela se sentia assim. Era domingo e por isso, resolvera ficar até mais tarde na cama, ainda mais depois que viu aqueles pingos na janela. Virou o rosto para o outro lado, fitou uma das portas do seu guarda-roupa cheio de adesivos. Ficou com os olhos parados por um tempo, não se sabe ao certo. Em seguida olhou no relógio: já passava do meio dia.<br /></div><br /><div align="justify">Levantou-se e ficou sentada na cama, ainda com os olhos naquela porta. Fazia tempo que ela não reparava nela. Como estava envelhecida, pensou ela. Aquele guarda-roupa de madeira marfim fora comprado há quase dez anos pelo seu pai. Naquele tempo ele ainda era casado com a sua mãe, e resolveu de um dia para o outro arrastar a filha para uma loja de móveis e mandou que ela escolhesse um lindo guarda-roupa para o seu quarto. E ela escolheu aquele. O tempo foi passando, e ela ganhou um lindo adesivo da Pakalolo, dado por uma amiga da 2º série. Foi o primeiro colado naquela porta, o primeiro dos vários que vieram a enfeitá-la.<br /></div><br /><div align="justify">E Daniela ficou de pé, dirigindo-se diretamente para aquela porta. Resolveu que, naquela manhã chuvosa de domingo, ela novamente seria aberta.<br /></div><br /><div align="justify">Lá havia muito papéis, como cadernos da escola, bonecas, fotos, cartas, agendas e diários. Sentia-se um pequeno odor de mofo, mas a menina pareceu não se importar, e enfiou a mão dentro daqueles pertences empoeirados.<br /></div><br /><div align="justify">Puxou uma caixa de fotos. Todas elas eram de uma excursão da escola para um sítio em Atibaia, datadas de agosto de 1997. A professora Leandra, de geografia, é que comandou o passeio. Em várias das fotos, amigos se exibindo na piscina os seus “músculos” de garotos de doze/treze anos, e suas amigas, a Kátia, a quatro olho; a Mari, a Chiquitita; e a Fá, a Magda do Sai de Baixo. As quatro amigas eram inseparáveis. Uma chorava no ombro da outra, dava conselhos, arranjava os esquemas com os meninos, passava cola nas provas, por fim, eram as irmãs. Irmãs que o tempo foi separando. De todas, Daniela só tinha contato com a Kátia, que já era mãe, mas mesmo assim um contato distante, via Orkut. Pessoalmente já não se viam há mais de cinco anos. Como estariam as outras meninas? Como seria se as quatro um dia se reencontrassem? Seria a mesma amizade? Ao lado das fotos, Daniela encontrou também alguns recortes de revistas com os Backstreet Boys e até das Chiquititas, a novela que ela não perdia nunca. Uma das fotos onde estava a Mili já demonstravam sinais do tempo, com algumas manchas pretas de mofo. Carinhosamente, Daniela assoprou e limpou-a com a mão, e um sorriso no rosto como quem estava cuidando de uma criança.<br /></div><br /><div align="justify">Guardou a caixa e os recortes, e passou a fuçar nas agendas. Numa das agendas, da sétima série, várias figurinhas das balas Fregells com conselhos amorosos, fotos de atores considerados símbolos sexuais da época, entre vários pensamentos que ela mesma colhia no seu dia-a-dia de fazia questão de deixar registrado no papel. E mais para o final da agenda, várias assinaturas e mensagens de colegas da classe, professores, alguns até já falecidos, e marcas de batom de várias cores. Achara até perdido um autógrafo que recebera da Xuxa uma vez em que ela fora com suas amigas ao Xuxa Park.<br /><br /></div><div align="justify">Em seguida, lá em baixo, para a sua surpresa, achara um caderno de perguntas, desses que as meninas viviam circulando pela escola, principalmente para saber coisas picantes de outras meninas e dos caras mais bonitinhos da 8º série, e é claro, também dos C.D.Fs. Ela também havia respondido o caderno, na época, com catorze anos. Até a letra era diferente. E as respostas então? Sonho quando crescer: ser dançarina do É O Tchan! Isso porque hoje ela detesta axé. E o homem ideal: Leonardo DiCaprio. E ela lá sabia o que era homem? E Daniela começou a rir sozinha, ainda mais ao ler uma pergunta “O que você faria se o homem ou mulher dos seus sonhos aparecesse na sua frente?”, e um garoto respondeu que imitaria o Michael Jackson para impressioná-la.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Veio um filme em sua cabeça. Lembrou-se das pessoas, das situações até perigosas e irresponsáveis que já viveu, como às vezes em que cabulava as aulas para ir ao shopping e dar de cara com a mãe, as brigas, as traquinagens com as professoras e com os colegas, os paqueras, os amores... Amores?<br /></div><br /><div align="justify">Lembrou que faltava uma parte do acervo que ela não tinha visitado. Voltou à porta, tirou alguns cadernos e revistas, e de lá do fundo, surge uma caixa de madeira. Foi com ela para a cama.<br /></div><br /><div align="justify">Era uma caixa com várias cartas e até fotos de alguns meninos que fizeram parte vida dela. Alguns hoje já casados, outros que tomaram caminhos diferentes, outros que tomaram caminhos errados e até já morreram, e um de nome Allan.<br /></div><br /><div align="justify">Allan...<br /></div><br /><div align="justify">Foi um namoro de quase dois anos, o mais longo relacionamento que ela já havia tido. Era um rapaz tão bonito... de feições carismáticas que encantavam a qualquer ser humano. Isso explicava o porque de tantos amigos... e amigas. Daniela se apaixonara pelo rapaz e queria que ele fosse o pai de seus filhos. Foi um lindo namoro que começou em uma das festas da escola, onde havia se conhecido. Uma semana depois, com os olhos brilhando, os dois já anunciavam oficialmente o namoro. Daí por diante, seguiu-se uma história cheia de companheirismo, cumplicidade, noites excitantes e perigosas, e muito amor recíproco.<br /></div><br /><div align="justify">Pena que as histórias boas duram pouco. Certo dia a família de Allan mudou-se para Ribeirão Preto, e mesmo com muita resistência, o rapaz acabou indo com a família. Ainda se falaram pelo telefone por alguns meses, até que num certo dia, Daniela conseguiu juntar dinheiro e viajou para a cidade, mas chegando lá, descobriu que o rapaz já estava namorando outra menina, e pior, a menina já estava até grávida. Foi a gota d’água. E após soltar muitas lágrimas, Daniela resolveu seguir sua vida em frente e esquecer de toda aquela história. Desde então nunca mais o viu, e nem quis mais saber dele. O tempo passou, outros amores vieram e se foram, e essa história acabou sendo mais um monte de papel mofado em dentro do seu guarda-roupa.<br /></div><br /><div align="justify">E de repente, como se acabasse de sair de um transe, Daniela acordou. Olhou-se no espelho. Estava com os olhos marejados. Olhou novamente para a foto de Allan, chegou a posicioná-la para rasgar, mas não o fez. Jogou a foto de volta na caixa e a guardou no acervo. Em seguida fechou a porta do guarda-roupa.<br /></div><br /><div align="justify">Decidiu ir tomar um bom banho, porém, ao pegar o seu chinelo, percebeu um pedaço de papel no chão, ao abrir, sentiu seu coração disparar.<br /></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Era o telefone de Allan.<br /></div><br /><div align="justify">E do nada, batera uma curiosidade em saber como ele estava, o que havia feito de sua vida. Já fazia cerca de seis anos que ela não o via.<br /></div><br /><div align="justify">Resolveu ligar. O telefone chamou quatro vezes. Quando ela ia desligar, uma voz masculina atendeu.<br /></div><br /><div align="justify">- Alô?<br /></div><br /><div align="justify">Daniela ficou em silêncio.<br /></div><br /><div align="justify">- Alô? Alô?<br /></div><br /><div align="justify">Resolveu desligar o telefone. Mesmo tendo o amado tanto, já era passado para ela. Achou melhor não voltar a mexer nessa história. Ela já não precisava mais disso.<br /></div><br /><div align="justify">E então, sem pensar duas vezes, jogou o papel dentro do acervo, nem olhando onde ele havia caído. Que se perdesse no meio daquele monte de passado.<br /></div><br /><div align="justify">E com um sorriso no rosto, fechou de vez a porta do guarda roupa, satisfeita pelas recordações maravilhosas e da nostalgia que por algum tempo a fez se esquecer do mundo.<br /></div><br /><div align="justify">Mas, disso tudo, o que ela mais sentiu foi um orgulho, primeiro, de ter vivido e aprendido muito com tudo aquilo, e principalmente, de ter chegado até agora, com 23 anos de idade, auxiliar de escritório, estudante de Publicidade e Propaganda na USP, fã de rock progressivo e de MPB, mas que de vez em quando ainda se aventurava a dançar e a cantar os créus da vida. </div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Sempre com a humildade de quem está aqui para aprender.</div><br /><br /><span style="font-size:85%;">FOTO: http://www.shade.cc/bios/cover_eyes.jpg</span></div></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-49234122054314220522008-05-12T10:43:00.010-03:002008-12-12T23:36:26.610-02:00Sessão Nostalgia 2<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5199505612621615554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBWQlyBGPri1SJVTp6AfQK6CkNQRwREOxOZy9WSDFi65f6A_8QX62XU2Tv20uYrIfUnUyEqLrqnLLoBL0ocj2_FVdvOMRSGSOC48e0n-BR6EIi9tgbPgpiXdoJIj8XpIp7OrzvN79zVw/s320/sukita%5B1%5D+-+cortada.JPG" border="0" />Ontem foi mais um dia de sessão youtube.
<br />
<br /><div align="justify">Engraçado que muitas vezes, no dia-a-dia, eles passam em vários horários.
<br />
<br /></div><div align="justify">Uma hora a gente presta a atenção, outras vezes nem repara muito, outras vezes comenta com quem tá do lado. Mas no fundo no fundo, com o tempo, voce já o decorou, já sabe as falas, já sabe do que se trata, o imita, e aquele vídeo tão curto as vezes parece um martelo na sua cabeça.Daí, o tempo passa, e quando o tempo passa, um dia voce percebe que ele não passa mais. E de uma hora para outra, por acaso, quando voce o vê, abre-se um sorisso.
<br />
<br /><div align="justify">- Eu Lembro!! Cantava essa música direto quando era pequeno!!!!
<br />
<br /><div align="justify">- Eu tinha um medo dele...
<br />
<br /><div align="justify">- Zoava com a minha mulher quando passava. Era a cara dela.
<br />
<br /><div align="justify">E então, voce percebe o quanto um comercial faz parte da nossa vida. Hoje postarei alguns antigos comerciais que fizeram sucesso e que até surpreendem quando vistos hoje. Entre os cinco, duas relíquias: o primeiro comercial da Coca-Cola na Tv brasileira na decada de 50, e uma propaganda "moderna" da Toddy, em 1958. O restante, creio eu, voce já deve ter visto algum dia ou outro.
<br />
<br /><div align="justify">Então, assista e divirta-se. São comerciais curtos, mas que fazem a nossa memoria ir loonge...
<br />
<br /><div align="justify">Bom divertimento.
<br />
<br />Coca-Cola - anos 50</div>
<br /><embed src="http://www.youtube.com/v/CRLYBz9dmj8&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />Toddy - 1958
<br />
<br /><embed src="http://www.youtube.com/v/Wx1uhGNGgas&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />Brahma - 2001
<br />
<br /><embed src="http://www.youtube.com/v/NfnO3ejKzMA&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />Varig - anos 90
<br />
<br /><embed src="http://www.youtube.com/v/xoEuvESJSPw&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br />Sukita - anos 90
<br />
<br /><embed src="http://www.youtube.com/v/qA-_USI0Pe4&hl=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object>
<br />
<br /><div align="justify">Tenha uma ótima semana!!</div>
<br />
<br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://darcioprestes.com/arquivos/pix/sukita.jpg</span></div></div></div></div></div></div></div>
<br />
<br />Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-55007127340754649502008-05-04T13:13:00.050-03:002008-12-12T23:36:26.864-02:00Delírio - O Rancor<div align="center"><strong><span style="color:#cccccc;"></span></strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3a3W2myICpC7g-bpJra5TxRkjISZKF_HE41dkBNM245ntyu0X0i8RUa55aJ916sJOBMxLiIODeilY5qnNNOh8yUcHhZwNSj6oaL84Xwr5I3c7H64n3WifeuP1yNGf-Q5aBQmOZ7E6C-k/s1600-h/751422-large[2].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196601243906884258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3a3W2myICpC7g-bpJra5TxRkjISZKF_HE41dkBNM245ntyu0X0i8RUa55aJ916sJOBMxLiIODeilY5qnNNOh8yUcHhZwNSj6oaL84Xwr5I3c7H64n3WifeuP1yNGf-Q5aBQmOZ7E6C-k/s320/751422-large%5B2%5D.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:lucida grande;"><strong>É um simples dedo indicador<br />Um dedo<br />Um dedo<br />Que de repente, de maneira brusca...<br /><br />APONTA PARA O SEU CORAÇÃO<br /><br />E o acerta<br />O cutuca.<br />Como seu coração é cheio de nervos...<br /><br />ELE <span style="color:#66ffff;">DÓI</span> ELE <span style="color:#66ffff;">DÓI</span> </strong></span><br /><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#66ffff;">ELE</span> DÓI <span style="color:#66ffff;">ELE</span> DÓI<br /><br />Te magoaram<br /><br /><span style="color:#cccccc;">FALARAM CUSPIRAM XINGARAM FOFOCARAM<br />DISPARARAM GRITARAM BATERAM IGNORARAM<br />ZOMBARAM DESCONTARAM ACUSARAM SEPARARAM<br />QUEBRARAM ERRARAM MALTRATARAM</span><span style="color:#ff6666;"> </span><span style="color:#ffcccc;">DESTRATARAM...m...m...m...TIRARAM...m...m...m...m...m...</span></strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;color:#ffcccc;"><strong>...m...DESPREZARAM...m...m...</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#ff6666;"><span style="color:#ffcccc;">m...m...m....ARREMESSARAM...m...m...m...CHATEARAM...m...M</span><span style="color:#ffcccc;">...m...</span> <span style="color:#ffcccc;">APUNHALARAM... M...M...m...CASTIGARAM...m...m...M...</span> </span><span style="color:#ff6666;">TE... M...M...M...M...FIZERAM...M...M... M...M...M...MUITO...M...M...MAL...M...M... MAL...M...M...MAL...M...M...M...<br />...M...<br /></span><span style="color:#ff0000;">...M...<br />M<br />MAS ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM!!!!<br /></span><span style="color:#ff0000;"></span></strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;"><span style="color:#ff0000;"><strong>ÀS PEDRAS, ÀS COBRAS E AOS SEUS ADJACENTES, MANDO AVISAR </strong></span><strong><span style="color:#cc0000;">COM GRITOS CONFEITADOS DE VENENO:<br />VOCÊS ME PAGAM!<br />VOCÊS ME PAGAM!<br />ME PAGAM!<br /></span><br />E em seguida, a vida com a sua mania de virar a página, nos dá outros afazeres e lembra que ainda temos o dia para correr atrás dos nossas tarefas com o chip dos nossos sonhos embutidos em nossos corações.<br /><br />E tudo volta ao normal.<br /><br />Tudo volta ao normal...Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal ..<span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>XINGARAM</em></span> Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>IGNORARAM</em></span> Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal <span style="color:#ff0000;"><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>ACUSARAM</em></span> </span>Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal <span style="color:#cc0000;"><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>APUNHALARAM</em></span> </span>Tudo volta ao normal... Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>BATERAM</em></span> Tudo volta ao normal Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>FALARAM</em></span> Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>CUSPIRAM</em></span> Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>TIRARAM</em></span> Tudo volta ao normal... Tudo volta <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>QUEBRARAM</em></span> ao normal... Tudo volta<span style="color:#ff6666;"> </span><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>FOFOCARAM</em></span> ao normal Tudo volta ao normal <span style="font-family:verdana;"><em><span style="color:#cc0000;">SEPARARAM</span></em> </span>Tudo volta ao normal Tudo <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>ZOMBARAM</em></span> volta ao normal Tudo <span style="font-family:verdana;"><em><span style="color:#cc0000;">DISPARARAM</span></em> </span>volta ao normal <em><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;">ACUSARAM</span></em> Tudo <em><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;">DESPREZARAM</span></em> volta <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>MALTRATARAM</em></span> ao normal <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>ARREMESSARAM</em></span> Tudo volta <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>CASTIGARAM</em></span> ao normal Tudo<span style="color:#ff0000;"> </span><span style="color:#cc0000;"><em>ME</em></span> volta ao normal <span style="color:#cc0000;"><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>FIZERAM</em></span> </span>Tudo volta <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>MUITO</em></span> ao normal Tudo <span style="font-family:verdana;color:#cc0000;"><em>MAL</em></span> volta ao normal<br /><br />E de repente, esta palavra estende os braços, pega a sua cabeça e a atira a todo momento o mesmo fato, a mesma situação, para que seu coração doa ainda mais, e seu ódio aumente à proporções aceleradas, até ficar a um tamanho que você mesmo não consiga carregar.<br /><br />É O RANCOR...<br />É O RRANCOR...<br /><br /></strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc9933;">RRRRANCORRRRRRRANCORRRRRRANCORRRRRRRANCORRRRRRR<br /></span><br />E isto vai te acariciando pelo pescoço, pronunciando cada palavra, cada gesto, cada cena, cada tapa, descendo todo o aparelho digestivo com as suas unhas pontiagudas e venenosas, rasgando cada parede de seu corpo, atiçando os seus instintos primitivos a vomitar tudo em cima do culpado.<br /><br />E o tempo passa... os dias passam... as pessoas passam... tudo passa...<br /><br />Até que, num certo dia, uma gota contendo um ponto de interrogação cai molhando diretamente os nossos olhos:<br /><br />O CULPADO<br /><span style="font-family:arial;color:#33ccff;"><em>NÃO FEZ POR QUERER</em></span>?<br />NÃO</strong> <strong><span style="font-family:arial;color:#33ccff;"><em>FEZ POR QUERER</em></span>?<br /><span style="font-family:arial;color:#33ccff;"><em>NÃO FEZ</em></span> POR QUERER?<br /><br />Cria-se um duelo entre a verdade, o que pode ser a verdade, e entre o perdão, e entre o seu ego exigindo não estender a mão e nem para tolerar, para não abaixar a sua moral e a sua capacidade de defesa em relação aos mosquitos dos outros.<br /><br />Matematicando as fórmulas complicadas dos problemas da nossa vida e do rancor que cada pessoa culpada nos causou, chegaremos a resultados alarmantes, porém, quando o resultado for exibido pelo tribunal do espelho para nós mesmos, poderá ser tarde demais...<br /><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="font-family:verdana;color:#33ccff;"><em>PODERÁ SER</em></span> TARDE DEMAIS...<br />PODERÁ SER <span style="font-family:verdana;color:#33ccff;"><em>TARDE DEMAIS</em></span>...<br /></span><br />Poderá estar destruído nosso mais belo jardim, suas sementes, sua pureza, e todo o meio ambiente, transformando num entulho a contaminar as outras pessoas e a estorvar o caminho de quem passa.<br /><br /></strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"><strong>ATÉ VOCÊ APODRECER<br />ATÉ VOCÊ APODRECER</strong></span><em><strong><span style="font-family:georgia;"><br /></span></strong></em><span style="color:#ff0000;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;"><strong>ATÉ</strong></span> </span><em><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#ffcccc;">AP</span><span style="color:#ff6666;">OD</span><span style="color:#ff0000;">RE</span><span style="color:#cc0000;">CER...</span></span></strong></em></span></span></span></div><div align="center"><strong><em><span style="font-family:Verdana;color:#cc0000;"></span></em></strong></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">FOTO: http://newton-i.usefilm.com/2/9/3/5/2935/751422-large.jpg</span></span></div></div><br /></span>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com28tag:blogger.com,1999:blog-8518066575276971423.post-5671500305198824322008-04-27T21:09:00.011-03:002008-12-12T23:36:27.325-02:00O Mal da Gota<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih0wGW-z2Dn1UNTH6MPWbHH-nddzJ6kXaatYJs7XFUcu_SDLVI8bpHwIkfVUuxXV3spHRoSGFx_jVIeVOtBhaGSXmzbQXlVJTVRNBfZDwj4C8xQ_7DVYKPW83CrxLmgtsukqYjTmks3vI/s1600-h/gota.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5194086970051805698" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih0wGW-z2Dn1UNTH6MPWbHH-nddzJ6kXaatYJs7XFUcu_SDLVI8bpHwIkfVUuxXV3spHRoSGFx_jVIeVOtBhaGSXmzbQXlVJTVRNBfZDwj4C8xQ_7DVYKPW83CrxLmgtsukqYjTmks3vI/s320/gota.bmp" border="0" /></a> <div align="justify">Era uma cidade como outra qualquer.<br /></div><br /><div align="justify">Tinha a sua civilização, os seus parques, os seus prédios, as suas bocas e os seus esgotos. Tinha um aspecto saturado, com trânsito, ruas esburacadas e gente individualista e desconfiada de todos. Também era violenta.<br /></div><br /><div align="justify">Num certo dia, em um parque, um rapaz que descansava próximo a uma árvore viu uma estranha gota cair na grama. Levantou-se e foi até onde estava ela. Media mais ou menos dois centímetros, e possuía uma cor que variava da posição que se olhava. Ela brilhava quando olhada no lado em que estava batendo sol, e o restante estava opaca, quase cor de petróleo. O rapaz nunca tinha visto aquilo, e em pouco mais de cinco minutos, já havia um grupo de pessoas em volta daquela gota estranha, inclusive um vendedor de lanches e um gari, todas curiosas para ver o que era aquilo.<br /></div><br /><div align="justify">Começaram os boatos. Falaram em petróleo, substancia radioativa, ou até mesmo em sinais do apocalipse. Logo, toda a cidade estava comentando sobre a gota, que àquela altura, fora coletada por um cientista e guardada no laboratório que ficava no coração da cidade, um local teoricamente seguro. Tentou-se analisar a gota com toda a cautela possível, mas nada fora descoberto. O cientista começou a se desesperar, porque o líquido o tempo todo mudava de cor e aos olhos dele parecia muito ameaçador. Com o tempo e as tentativas de analise sem sucesso, ficara neurótico com aquela gota, e adoeceu tendo que ser internado às pressas, se afastando do caso.<br /><br /></div><div align="justify">Outro cientista assumiu o controle. De longe, entupido de roupas e acessórios de proteção, examinou o líquido por várias vezes e não conseguiu descobrir nada, nem a procedência, nem exatamente o que era. A sua apreensão e medo do líquido eram tantas, que num descuido, deixou cair a amostragem com o liquido no chão. Ao pôr a mão para catá-lo, cortou o dedo nos cacos. Um colega começou a gritar que fora a gota, e mesmo o cientista dizendo que não, foi desmentido. Logo, o assunto virou notícia, e já chegara ao ponto de se noticiar que a gota era maldita e que seria na verdade uma nova forma de vírus contagioso e sem cura.<br /></div><br /><div align="justify">E logo, o cientista foi preso, e o laboratório isolado. Um dos policiais que analisavam o local onde foi quebrado o vidro de amostragem, por descuido, escorregara e batera a perna numa mesa, chegando a sair sangue e a abrir um hematoma. Ao sair do prédio se viu no meio de uma chuva de flashes e de câmeras o filmando, e um dos repórteres dizendo que o policial também fora contaminado. Mesmo negando, o policial também fora preso e isolado do resto da população, e a gota, mais uma vez nomeada a protagonista de um possível principio de epidemia.<br /></div><br /><div align="justify">E daí por diante, surgiram mais boatos, onde se dizia que a região do parque onde caiu gota estava contaminada e que também deveria ser isolada. Porém, pessoas que freqüentavam o parque onde ela foi encontrada, se desesperaram imaginando que já haviam sido contaminadas. Os habitantes, com medo, passaram a lotar todos os dias os postos, hospitais e pronto-socorros da cidade, achando que qualquer machucado ou mancha que aparecia na pele já era indícios de contaminação da gota. A doença então, ficou conhecida como o “Mal da Gota”.<br /></div><br /><div align="justify">A noticia do “Mal da Gota” tivera muita repercussão, chegando até ao exterior. Vários cientistas do mundo inteiro, curiosos, se ofereceram para investigar afinal o que seria essa gota. Alguns chegavam a contestar essa doença, afinal até então ainda não havia provas concretas de que os sintomas causados eram devido a tal substância. Porém, com medo de mexer naquilo que estava isolado no coração da cidade, o prefeito recusou a ajuda dos cientistas e não permitiu que o laboratório fosse reaberto. Houve protestos contra e a favor desta decisão, contando até com a participação de celebridades e políticos. O prefeito manteve a sua decisão.<br /></div><br /><div align="justify">E devido a esse medo generalizado, pessoas começaram a desenvolver diversos sintomas e doenças como úlceras, dores pelo corpo, insônia, ansiedade, síndrome do pânico, taquicardia e entre outros. Casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais foram postos a venda a preço de banana. E mesmo assim, poucos estavam conseguindo vender.<br /></div><br /><div align="justify">E com o tempo, a cidade foi se tornando deserta. O laboratório foi isolado com concreto. Estabelecimentos comerciais, bancos, lotéricas, entre outros, fecharam as portas. A cidade enfim, morrera, e junto com ela, as noticias sobre o “Mal da Gota”, que aos poucos foi caindo no esquecimento popular.<br /></div><br /><div align="justify">Anos depois, um cientista resolveu mandar uma equipe às ruínas da cidade, e com autorização judicial, reabriram o antigo laboratório.<br /></div><br /><div align="justify">No local onde havia caído o frasco, havia apenas uma marca de um líquido que não existia mais.<br /></div><br /><div align="justify">E então, após a uma analise tranqüila e desprendida de pré-conceitos, finalmente fora descoberto o que era: apenas resíduo de lixo, uma mistura de substâncias químicas e orgânicas, e após muita investigação da justiça, descobriu-se que no local onde fora encontrada a gota, havia um gari que terminara de limpar a região, pegou a vassoura, sacudiu para limpá-la e a guardou no lixeira. A gota viera desta vassoura. Foi comprovado também que nenhuma das pessoas que sofreram machucados, nem o primeiro cientista que “analisou” o líquido, e nem o policial que isolou o laboratório, foram vítimas dessa gota.<br /></div><br /><div align="justify">O “Mal da Gota”, enfim, fora desmistificado, ainda que tarde demais.<br /></div><br /><div align="justify">E o preço pago foi uma cidade morta. </div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">FOTO: http://victorunico.files.wordpress.com/2006/01/Gota%20dágua.jpg</span></div>Danilo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/15643693508544026697noreply@blogger.com16